Pesquisadores descobriram um pequeno planeta rochoso que está se desintegrando à medida que orbita a sua estrela. O BD+05 4868 Ab está a 140 anos-luz da Terra, localizado na Constelação de Pégaso. As análises realizadas pelos astrônomos após a observação do novo planeta foram publicadas em um estudo divulgado na revista científica The Astrophysical Journal Letters, nesta terça-feira (22).
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O astro avistado pelos cientistas completa uma órbita na sua estrela a cada 30,5 horas, e a sua superfície está sendo queimada em magma e, posteriormente, vaporizada no espaço. A cada órbita, o BD+05 4868 Ab deixa um rastro de poeira mineral, formando uma cauda semelhante à de um cometa.
“A extensão da cauda é gigantesca, chegando a 9 milhões de quilômetros de comprimento, ou aproximadamente metade da órbita inteira do planeta”, destacou Marc Hon, especialista em astrofísica e pesquisa espacial no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em comunicado divulgado pela instituição.
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Desintegração acelerada
As imagens captadas pelo Satélite de Pesquisa de Exoplanetas em Trânsito (TESS) da NASA dão conta de que o BD+05 4868 Ab está se desintegrando em ritmo acelerado, liberando uma quantidade de material equivalente a um Monte Evereste cada vez que orbita sua estrela.
Os cientistas preveem que, se esse ritmo for mantido, o planeta de pequena massa pode se desintegrar completamente entre 1 milhão e 2 milhões de anos. O fato do astro estar queimando a cerca de 1.600 ºC e a sua baixa força gravitacional também são fatores que explicam essa grande perda de massa.
“Tivemos sorte em capturá-lo exatamente quando ele estava realmente desaparecendo. É como se estivesse em seu último suspiro”, pontuou Avi Shporer, um dos responsáveis pela pesquisa e membro do Escritório de Ciências do TESS.
Descoberta repentina
Marc Hon ressaltou que a equipe de cientistas não estava procurando por um novo planeta, mas avistaram um sinal típico de um exoplaneta (que está localizado fora do nosso sistema solar) em órbita durante uma observação cotidiana.
O sinal em questão parece uma breve queda em uma curva de luz, que se repete regularmente e indica que um corpo compacto, como um planeta, está bloqueando temporariamente a passagem da luz da sua estrela hospedeira.
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Confira o estudo na íntegra no Astrophysical Journal Letters.
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