A World virou assunto recentemente, ao chegar ao Brasil, mas já existe há algum tempo – foi fundada por Sam Altman, CEO da OpenAI, e investidores em 2019.
Você vai até um “ponto de coleta” mantido pela empresa e lá permite que a máquina acima, um computador esférico batizado de Orb, capture imagens das suas íris, os pequenos músculos que circundam as pupilas dos olhos. Em troca, recebe uma certa quantidade da criptomoeda worldcoin (WLD).
Quando este texto foi escrito, o prêmio era de 44 worldcoins, o equivalente a US$ 93. A ideia é promover o uso dessa moeda (que você pode vender ou trocar por outras criptos na internet).
A World afirma ter 1.511 Orbs em operação espalhadas pelo mundo (elas são instaladas em locais públicos, como shopping centers). A empresa diz que a Orb não armazena as imagens das íris – que são deletadas logo após o escaneamento.
Segundo a World, que afirma ter escaneado os olhos de 16,3 milhões de pessoas, a digitalização da íris serve apenas para evitar que um mesmo indivíduo se cadastre duas vezes.
Mas há receio quanto ao real uso das informações: Espanha e Portugal baniram a empresa, e a Alemanha ordenou que ela apague os dados coletados no país.
No Brasil, após ser questionada pelo Governo Federal, a World anunciou que iria pausar “voluntariamente e temporariamente” o escaneamento de íris.