Economistas dizem que especialmente os setores que investiram em inovação e tecnologia nos últimos anos ficam competitivos e podem ganhar mais espaço no mercado internacional. Campo e indústria aumentam produção para aproveitar oportunidades abertas por guerra de tarifasampo e da indústria aumentam produção para aproveitar oportunidades abertas pela guerra de tarifas
Setores do campo e da indústria no Brasil ampliaram a produção para aproveitar a oportunidades geradas pela guerra tarifária deflagrada pelos Estados Unidos.
Do Centro-Oeste brasileiro não se avista sinal da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. É que no comércio de grãos, o Brasil pode ocupar o lugar dos Estados Unidos.
“Não só a China como as outras nações precisam ter segurança alimentar e precisam do alimento do Brasil, que é o único que produz com quantidade, qualidade e sustentabilidade”, afirma Diego Bertuol, diretor administrativo da Aprosoja MT.
A parcial do mês de abril da nossa balança comercial já mostra o aumento na exportação de alguns produtos agropecuários. As vendas de milho para outros países cresceram 116% na comparação com o mesmo período de 2024. As de café, 52%. No caso da soja, os compromissos de exportação subiram 8%. O dado inclui não só os grãos embarcados, mas também os que já estão negociados para as próximas seis semanas.
Em Pequim, o governo chinês disse o país consegue facilmente substituir os Estados Unidos como fornecedor de soja e milho no mercado internacional. Na avaliação de André Diz, professor de economia do Ibmec, podem aparecer ainda mais oportunidades da quebra de parceria entre Estados Unidos e China:
“O Brasil tem muita competitividade. A gente cresce muito a produção de grãos em comparação com o uso de área. Então, a gente consegue um ganho intensivo de capacidade de produção por unidade de terra e isso é crescente inclusive nos últimos anos. Se a gente olhar essa curva recente, esse crescimento é muito forte. Não é que é uma produtividade que a gente teve no passado e que se mantém, ela vem melhorando ano após ano. Então, esses ganhos de produtividade e competitividade com certeza contribuem para que o Brasil ocupe esse espaço nessa nova agenda internacional, conseguindo colocar ali mais produtos no mercado internacional”, afirma.
Agro e indústria aumentam produção para aproveitar oportunidades abertas pela guerra das tarifas de importação
Jornal Nacional/ Reprodução
E até a indústria brasileira já começa a negociar novos contratos com as brechas que surgem nesse cenário. Economistas dizem que especialmente os setores que investiram em inovação e tecnologia nos últimos anos ficam mais competitivos agora e podem ganhar espaço no mercado internacional.
Com filial em Miami, a indústria de automação de São Bernardo do Campo já negocia novos contratos nos Estados Unidos. As concorrentes chinesas perderam competitividade com o peso das tarifas.
“Nossa estratégia é ganhar o mercado da China. É um momento de oportunidade. Todo nosso investimento para esse ano, a maior parte é para os Estados Unidos”, conta Augusto Ghiraldello, cofundador da empresa.
Mas no caso da indústria também é preciso levar em conta o risco da concorrência chinesa no Brasil.
“Alguns setores industriais podem se beneficiar com o crescimento de exportação pensando na indústria de aviões, por exemplo no caso da Embraer. Mas talvez no grosso da produção industrial brasileira, a gente tem uma maior concorrência de produtos chineses que vão buscar outros mercados para alocar o seu excesso de produção”, opina André Diz, professor de economia do Ibmec SP.
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“Não só a China como as outras nações precisam ter segurança alimentar e precisam do alimento do Brasil, que é o único que produz com quantidade, qualidade e sustentabilidade”, afirma Diego Bertuol, diretor administrativo da Aprosoja MT.
A parcial do mês de abril da nossa balança comercial já mostra o aumento na exportação de alguns produtos agropecuários. As vendas de milho para outros países cresceram 116% na comparação com o mesmo período de 2024. As de café, 52%. No caso da soja, os compromissos de exportação subiram 8%. O dado inclui não só os grãos embarcados, mas também os que já estão negociados para as próximas seis semanas.
Em Pequim, o governo chinês disse o país consegue facilmente substituir os Estados Unidos como fornecedor de soja e milho no mercado internacional. Na avaliação de André Diz, professor de economia do Ibmec, podem aparecer ainda mais oportunidades da quebra de parceria entre Estados Unidos e China:
“O Brasil tem muita competitividade. A gente cresce muito a produção de grãos em comparação com o uso de área. Então, a gente consegue um ganho intensivo de capacidade de produção por unidade de terra e isso é crescente inclusive nos últimos anos. Se a gente olhar essa curva recente, esse crescimento é muito forte. Não é que é uma produtividade que a gente teve no passado e que se mantém, ela vem melhorando ano após ano. Então, esses ganhos de produtividade e competitividade com certeza contribuem para que o Brasil ocupe esse espaço nessa nova agenda internacional, conseguindo colocar ali mais produtos no mercado internacional”, afirma.
Agro e indústria aumentam produção para aproveitar oportunidades abertas pela guerra das tarifas de importação
Jornal Nacional/ Reprodução
E até a indústria brasileira já começa a negociar novos contratos com as brechas que surgem nesse cenário. Economistas dizem que especialmente os setores que investiram em inovação e tecnologia nos últimos anos ficam mais competitivos agora e podem ganhar espaço no mercado internacional.
Com filial em Miami, a indústria de automação de São Bernardo do Campo já negocia novos contratos nos Estados Unidos. As concorrentes chinesas perderam competitividade com o peso das tarifas.
“Nossa estratégia é ganhar o mercado da China. É um momento de oportunidade. Todo nosso investimento para esse ano, a maior parte é para os Estados Unidos”, conta Augusto Ghiraldello, cofundador da empresa.
Mas no caso da indústria também é preciso levar em conta o risco da concorrência chinesa no Brasil.
“Alguns setores industriais podem se beneficiar com o crescimento de exportação pensando na indústria de aviões, por exemplo no caso da Embraer. Mas talvez no grosso da produção industrial brasileira, a gente tem uma maior concorrência de produtos chineses que vão buscar outros mercados para alocar o seu excesso de produção”, opina André Diz, professor de economia do Ibmec SP.
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