Se tem uma coisa que você não pode esquecer hoje é isso: a forma correta da palavra é “amnésia“, sem o “i” entre o “m” e o “n”. Pode anotar, salvar nos favoritos ou até repetir três vezes para fixar na memória! Afinal, ninguém quer cometer uma amnésia ortográfica, não é?
E por que se escreve assim? “Trata-se de um vocábulo proparoxítono que possui quatro sílabas (am-né-si-a). As consoantes ‘m’ e ‘n’ formam um encontro consonantal imperfeito, já que estão separadas em sílabas diferentes”, explica Diogo D’Ippolito, autor de língua portuguesa do Sistema de Ensino pH. “Nesse contexto, o ‘m’ é uma consoante muda e deve ser articulada sem acrescentar a vogal ‘i’ ao som”, completa.
De onde vem a palavra “amnésia”?
Esse termo vem do grego “amnesia”, formada por “a-” (prefixo de negação) + “mnesis” (memória). Ou seja, seu significado literal é “ausência de memória”.
Essa palavra é bastante utilizada na medicina para se referir à perda total ou parcial da memória, podendo ser causada por traumas, doenças neurológicas ou até mesmo fatores emocionais.
Exemplos para não esquecer
Agora que você já domina a grafia e o significado da palavra, veja alguns exemplos de frases para fixar na memória!
- Após o acidente, ele sofreu amnésia e não se lembrava de detalhes importantes da sua vida.
- O filme aborda a história de uma mulher com amnésia que precisa reconstruir seu passado.
- Durante o julgamento, o réu alegou amnésia para justificar a falta de lembranças sobre o crime.
- Algumas doenças neurológicas podem causar amnésia temporária em pacientes idosos.
- Apesar da amnésia, ela sentia uma estranha familiaridade ao visitar aquele lugar.
Amnésia na literatura
A palavra “amnésia” já inspirou reflexões profundas na literatura. O professor Diogo lembra o exemplo do poeta Paulo Leminski, que escreveu um poema intitulado “Saudosa amnésia”, que brinca com a ideia de que, às vezes, esquecer pode não ser tão ruim assim. Confira:
Saudosa amnésia
a um amigo que perdeu a memória
“Memória é coisa recente.
Até ontem, quem lembrava?
A coisa veio antes,
ou, antes, foi a palavra?
Ao perder a lembrança,
grande coisa não se perde.
Nuvens, são sempre brancas.
O mar? Continua verde.”
Diogo cita também outro exemplo marcante do uso da amnésia como elemento narrativo na literatura: “Terra Sonâmbula“, de Mia Couto.
“É uma obra incrível marcada justamente pela perda e reconstrução da memória em meio ao caos da guerra. No romance, o jovem Muidinga sofre de amnésia e, ao lado do velho Tuahir, parte em busca de pistas sobre sua identidade e seu passado. Ao folhear um caderno encontrado em uma mala abandonada, o personagem mergulha em histórias que misturam sonho e realidade, passado e presente e que, pouco a pouco, vão preenchendo suas lacunas de memória” conta o educador.
Vale a pena a leitura!
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