
A XP Investimentos reafirmou em relatório a sua preferência por BRF (BRFS3) no setor de proteínas, com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 29,20, destacando sua avaliação atrativa e o posicionamento leve dos investidores no papel.
Desde os decepcionantes resultados do quarto trimestre de 2024 (4T24), as ações da companhia tiveram um desempenho inferior em relação aos pares em aproximadamente 32% e ao Ibovespa em cerca de 35%, impulsionado por um forte de-rating, apesar da ausência de uma deterioração relevante nos fundamentos da empresa.
O time de análise da XP também destaca o um forte momentum de lucros no curto prazo, além de um valuation relativo mais atrativo, com a BRF sendo negociada a 4,3 vezes Valor da Firma (EV)/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) para 2025 e 2026, em comparação com a JBS (JBSS3), que está a 5,1 vezes e 5,5 vezes EV/Ebitda para os mesmos anos.
A XP ainda disse continuar gostando da tese de investimento da JBS e manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 50, especialmente considerando seu forte potencial de re-rating no caso de uma dupla listagem, além de fundamentos sólidos para 2025.
Olhando para o setor em si, a XP prevê uma queda na produção de carne vermelha global e brasileira, o que deve sustentar níveis de preços mais altos. Nesse contexto, a instituição financeira vê o frango como o provável vencedor, não apenas no curto prazo, já que a tendência atual pode durar de 3 a 5 anos.
Custos
Os preços do milho subiram significativamente, o que a XP atribui a dois principais fatores. Primeiro, analistas destacam a escassez no mercado físico, impulsionada pelo aumento da demanda de usinas de etanol de milho que buscaram estender seus estoques. Segundo, há preocupações com as condições climáticas que, embora ainda não sejam animadoras, vêm melhorando de forma gradual.
As condições climáticas atuais não são ideais, mas estão melhores do que no ano passado, na visão da XP. No entanto, segundo a corretora, os preços continuam refletindo um prêmio de risco climático, o que considera razoável, dado que os mapas climáticos de longo prazo — apesar de sua baixa confiabilidade preditiva — permanecem desfavoráveis.
Nesse cenário, a XP acredita que, caso as recentes melhorias nas condições climáticas se confirmem, os preços do milho tendem a recuar, especialmente considerando os seguintes fatores: uma visão otimista sobre o crescimento da área plantada na segunda safra de milho, impulsionado por margens melhores; (ii) o Brasil está a caminho de colher uma safra recorde de soja, o que deve pressionar os preços do farelo de soja para baixo; (iii) o mercado global está entrando em um cenário de excesso de oferta de farelo; e (iv) o aumento da oferta de DDG (Grãos Secos de Destilaria) no Brasil tornará o farelo de soja menos competitivo, atuando como um catalisador adicional para a queda dos preços.
The post BRF (BRFS3) é principal escolha da XP no setor com avaliação atrativa e bom momentum appeared first on InfoMoney.