A China está considerando construir uma usina nuclear na Lua, informou um funcionário estatal do alto escalão durante uma apresentação realizada nesta quarta-feira (23). A ideia dos chineses é que a instalação forneça energia à Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS), que está sendo planejada junto à Rússia.
O plano de construção da usina foi apresentado em Xangai por Pei Zhagou, engenheiro-chefe da missão Chang’e-8. De acordo com o especialista, o fornecimento de energia na ILRS também pode se dar com base em painéis solares, tubulações e cabos para aquecimento e eletricidade construídos na superfície da Lua.
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Planos da Roscosmos e da ESA
No ano passado, o diretor da agência espacial russa Roscosmos, Yuri Borisov, afirmou ter um plano conjunto com a China para instalar uma usina nuclear na Lua entre 2033 e 2035. Segundo o ex-ministro da defesa da Rússia, a construção do módulo deveria ser feita apenas por robôs e rovers, sem a presença humana.
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Anteriormente, em 2023, pesquisadores da Agência Espacial Europeia (ESA) sinalizaram a possibilidade de instalar painéis solares no satélite natural da Terra a fim de fornecer energia para as estações espaciais localizadas na Lua.
Segundo estudos feitos pela ESA, a contrução do satélite GE⊕-LPS diretamente na Lua seria mais econômico do que fazê-lo na Terra, e o projeto teria a capacidade de render 23 megawatts contínuos de energia para o território lunar.
Construção da ILRS
A intenção de Rússia e China de construir usinas geradoras de energia na Lua faz parte da construção da Estação Internacional de Pesquisa Lunar, que tem a previsão de ser construída em duas fases, com a primeira sendo concluída até 2035, e a segunda até 2045.
O plano relacionado à ILRS também conta com a missão Chang’e-8, que está prevista para acontecer em 2028 com o foguete Long March 8. A ideia é que o módulo chegue à Lua levando câmeras, radares, sismômetros, telescópios e outros itens.
“A Lua serve como ponto de partida, e uma estação internacional de pesquisa lunar fornecerá uma plataforma para pesquisa científica de longo prazo, trabalho e habitação, abrindo caminho para futuras explorações humanas no espaço mais profundo, pontuou Wu Weiren, designer-chefe do Projeto Chinês de Exploração Lunar em entrevista à Televisão Central da China, em abril do ano passado.
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