Família de brasileira que esteve na Bolívia pede Justiça na busca pelo autor do crime. Corpo chegou ao Aeroporto Internacional de Macapá nesta quarta-feira (23). Corpos de amapaenses vítimas de feminicídio chegaram ao Amapá
O corpo da brasileira Jenife Silva, assassinada na Bolívia, chegou ao Amapá nesta quarta-feira (23), 22 dias após a morte, devido a complicações para o translado. A família e conhecidos se reuniram do Aeroporto Internacional de Macapá para acompanhar a chegada.
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Uma data para o velório, que deve acontecer no município de Santana, será anunciada pela família através das redes sociais. No mesmo dia e horário, o corpo da santanense Luíza Clara, também vítima de feminicídio, chegou ao aeroporto de Macapá.
Familares de Jenife buscam que o caso seja esclarecido
Isadora Pereira/g1
O que se sabe sobre brasileira assassinada na Bolívia
Jessijeny Silva, irmã de Jenife, e que esteve na cidade de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, disse que a sensação de que a justiça não foi feita ainda prevalece. O capítulo da despedida de Jenife segue para o final. No entanto, as buscas pelo culpado devem continuar.
“Como irmã ainda sinto muita raiva, muita angústia, muito ódio e ânsia por justiça. Então eu dou graças a Deus que conseguimos trazer ela pra cá. Poderíamos ter trazido antes, mas por conta de tudo o que aconteceu lá, infelizmente demorou. A sensação agora é de ter feito pelo menos metade do que era pra fazer, que é trazer ela pra cá de volta. Dela ficam as risadas, ela não era uma mulher muito séria, ela gostava de brincar, gostava de falar, de conversar, era tagarela e deixou duas crianças lindas”, contou a irmã.
Família de Jenife busca por justiça no caso
Isadora Pereira/g1
Naldo Garica, tio de Jenife, que também esteve na Bolívia, contou que a advogada que está a frente do caso na Bolívia segue com as investigações. Ele contou que a etapa da chegada do corpo é de suma importância para que a despedida possa ser feita de forma digna.
Agora é só esperar a advogada nos passar informações mais concretas e efetivas para podermos, enfim, pedir justiça […] Agora é o momento que a família quer finalizar, encerrar o luto e fazer um velório honroso a ela, que a família preste essa última homenagem a ela. A família queria que ela tivesse aqui formada, doutora que ela é. Hoje ela é doutora Jenife, formada trouxemos o diploma dela e ela veio como doutora. Não como a família queria, mas ela está em casa”, disse o tio.
Tio, irmã e tia de Jenife respectivamente
Isadora Pereira/g1
Sobre as investigações
A prima de Jenife, Cirlene Fernandes, que esteve acompanhando o caso no estado, ela disse que após saída do corpo do aeroporto, ele será encaminhado à Polícia Científica do Amapá (PCA).
“Nós vamos aguardar uma posição da Politec (PCA) pra liberação do corpo pra depois nós fazermos o velório. Foi feita uma necropsia lá na Bolívia, particular pela família, a gente está aguardando o resultado desse laudo, mas as investigações ainda continuam e todo o material coletado ainda está em análise”, contou.
Prima de Jenife busca por justiça no caso
Isadora Pereira/g1
A irmã de vítima disse as investigações seguem na Bolívia, mas estão lentas. Ela contou que aguarda o trabalho da Comissão Temporária Externa, que foi instituída pelo senador Randolfe Rodrigues.
“A investigação lá (Bolívia) vai lenta, mas tá indo, a gente espera que a comissão do Brasil chegue lá a tempo para conseguir celeridade nas investigações, para que levem a sério e não ocorra a manipulação de provas”, disse.
Familiares e amigos prestaram homenagens no aeroporto de Macapá
Isadora Pereira/g1
O advogado Cícero Bordalo Jr., presidente da Comissão de Combate ao Feminicídio da Ordem dos Advogados do Brasil no Amapá (OAB-AP), esteve acompanhando o caso em Brasília e retornou para o Amapá para acompanhar a chegada do corpo, seguindo com as investigações.
“Não sei se a Politec (PCA) aqui do Brasil vai ter condições de refazer o exame porque se havia alguma prova essa prova foi apagada e no laudo apareceu apenas o crime de asfixia mecânica. Só que antes, a imprensa e os brasileiros que estavam na Bolívia nos informaram que ela tinha sido estrangulada, asfixiada e estuprada”, disse.
Jenife Silva estava se formando em medicina
Reprodução/Redes sociais
Bordalo conta que desconfia de um coautor do crime por trás da situação. Ele apontou irregularidades na investigação realizada pelas autoridades bolivianas e disse.
“Quem asfixia tem que utilizar as duas mãos, uma pra tapar o nariz da vítima e outra pra tapar a boca. E o estrangulamento, quem foi que fez? Seria uma segunda pessoa no fato. Nisso aparece o menor […] Ele foi na polícia dizendo que ele era o autor do fato. Ou seja, está muito obscura essa investigação, está irregular, não condiz com a realidade”, disse.
Relembre o caso
OAB Amapá cria comissão para enfrentar o crime de feminicídio no Amapá
A brasileira Jenife Silva, de 37 anos, natural de Santana (AP), foi encontrada morta em seu apartamento na quarta-feira (2) na Zona Norte de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Segundo o que foi passado pela polícia boliviana, Jenife morreu estrangulada, além de ter sofrido estupro e esfaqueamento.
Uma amiga da vítima esclareceu que Jenife tinha terminado o curso de medicina em Santa Cruz, onde residiu por 6 anos, e já estava morando novamente no Amapá. A vítima retornou à Bolívia para buscar o diploma do curso.
Em seu depoimento, o suspeito disse que durante relações sexuais com Jenife, ela sofreu um mal súbito e o mesmo fugiu em seguida.
Caso Jenife Silva: protesto reuniu população em Santana em busca de justiça
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‘Lutar para que ninguém mais tenha que sentir isso’, diz filha de 11 anos de brasileira assassinada na Bolívia
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O corpo da brasileira Jenife Silva, assassinada na Bolívia, chegou ao Amapá nesta quarta-feira (23), 22 dias após a morte, devido a complicações para o translado. A família e conhecidos se reuniram do Aeroporto Internacional de Macapá para acompanhar a chegada.
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Uma data para o velório, que deve acontecer no município de Santana, será anunciada pela família através das redes sociais. No mesmo dia e horário, o corpo da santanense Luíza Clara, também vítima de feminicídio, chegou ao aeroporto de Macapá.
Familares de Jenife buscam que o caso seja esclarecido
Isadora Pereira/g1
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Jessijeny Silva, irmã de Jenife, e que esteve na cidade de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, disse que a sensação de que a justiça não foi feita ainda prevalece. O capítulo da despedida de Jenife segue para o final. No entanto, as buscas pelo culpado devem continuar.
“Como irmã ainda sinto muita raiva, muita angústia, muito ódio e ânsia por justiça. Então eu dou graças a Deus que conseguimos trazer ela pra cá. Poderíamos ter trazido antes, mas por conta de tudo o que aconteceu lá, infelizmente demorou. A sensação agora é de ter feito pelo menos metade do que era pra fazer, que é trazer ela pra cá de volta. Dela ficam as risadas, ela não era uma mulher muito séria, ela gostava de brincar, gostava de falar, de conversar, era tagarela e deixou duas crianças lindas”, contou a irmã.
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Naldo Garica, tio de Jenife, que também esteve na Bolívia, contou que a advogada que está a frente do caso na Bolívia segue com as investigações. Ele contou que a etapa da chegada do corpo é de suma importância para que a despedida possa ser feita de forma digna.
Agora é só esperar a advogada nos passar informações mais concretas e efetivas para podermos, enfim, pedir justiça […] Agora é o momento que a família quer finalizar, encerrar o luto e fazer um velório honroso a ela, que a família preste essa última homenagem a ela. A família queria que ela tivesse aqui formada, doutora que ela é. Hoje ela é doutora Jenife, formada trouxemos o diploma dela e ela veio como doutora. Não como a família queria, mas ela está em casa”, disse o tio.
Tio, irmã e tia de Jenife respectivamente
Isadora Pereira/g1
Sobre as investigações
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Isadora Pereira/g1
O advogado Cícero Bordalo Jr., presidente da Comissão de Combate ao Feminicídio da Ordem dos Advogados do Brasil no Amapá (OAB-AP), esteve acompanhando o caso em Brasília e retornou para o Amapá para acompanhar a chegada do corpo, seguindo com as investigações.
“Não sei se a Politec (PCA) aqui do Brasil vai ter condições de refazer o exame porque se havia alguma prova essa prova foi apagada e no laudo apareceu apenas o crime de asfixia mecânica. Só que antes, a imprensa e os brasileiros que estavam na Bolívia nos informaram que ela tinha sido estrangulada, asfixiada e estuprada”, disse.
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Reprodução/Redes sociais
Bordalo conta que desconfia de um coautor do crime por trás da situação. Ele apontou irregularidades na investigação realizada pelas autoridades bolivianas e disse.
“Quem asfixia tem que utilizar as duas mãos, uma pra tapar o nariz da vítima e outra pra tapar a boca. E o estrangulamento, quem foi que fez? Seria uma segunda pessoa no fato. Nisso aparece o menor […] Ele foi na polícia dizendo que ele era o autor do fato. Ou seja, está muito obscura essa investigação, está irregular, não condiz com a realidade”, disse.
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A brasileira Jenife Silva, de 37 anos, natural de Santana (AP), foi encontrada morta em seu apartamento na quarta-feira (2) na Zona Norte de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Segundo o que foi passado pela polícia boliviana, Jenife morreu estrangulada, além de ter sofrido estupro e esfaqueamento.
Uma amiga da vítima esclareceu que Jenife tinha terminado o curso de medicina em Santa Cruz, onde residiu por 6 anos, e já estava morando novamente no Amapá. A vítima retornou à Bolívia para buscar o diploma do curso.
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