
A defesa do general Mauro Cid solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ministro Flávio Dino se declare suspeito para analisar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os acusados de tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder após a derrota nas eleições de 2022.
Em entrevista à CNN, o advogado Marcus Vinícius Figueiredo afirmou que a atuação de Dino como ministro da Justiça e Segurança Pública na época dos atos de 8 de janeiro de 2023 compromete sua imparcialidade.
“Tem uma pré-concepção de culpabilidade. Esse juízo prévio retira dele a equidistância necessária para julgar nosso cliente”, disse.
No pedido enviado ao STF, a defesa argumenta que Dino teve participação ativa na investigação dos atos antidemocráticos e foi convocado pela CPMI do 8 de Janeiro para prestar esclarecimentos.
Os advogados destacam declarações do ministro, que classificou os eventos como “golpe de Estado” e os envolvidos como “terroristas”, além de mencionar um plano que teria sido articulado antes das eleições.
Além de Dino, as defesas dos outros denunciados tentam afastar o ministro Alexandre de Moraes da relatoria do caso, alegando que ele seria vítima da suposta conspiração, que incluiria um plano para assassiná-lo, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
A defesa de Bolsonaro também pretende solicitar a suspeição de Dino e do ministro Cristiano Zanin, argumentando que este último foi advogado pessoal de Lula antes de ser indicado ao STF.
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