Conforme adiantado em primeira mão por QUATRO RODAS em setembro de 2024, a Volkswagen Amarok sul-americana seguirá vida própria e não terá relação alguma com a europeia, que é feita em parceria com a Ford sobre a base da Ranger.
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Por aqui, a segunda geração do modelo se aproveitará de outras alianças da Volkswagen (neste caso, com a SAIC) e será feita a partir da picape chinesa Maxus Starcraft X. O movimento foi confirmado pela marca, que revelou ainda a produção da nova Amarok a partir de 2026, na Argentina, fruto de um investimento de US$ 580 milhões na fábrica de General Pacheco.
Apesar das diferentes origens, quem cuidará do design e da engenharia da picape serão as equipes brasileiras. Não por acaso, a montadora já testa unidades da Starcraft X no Brasil, onde a nova Amarok chegará às lojas em 2027.

De acordo com Alexander Seitz, chairman executivo da Volkswagen para a região da América do Sul, a Amarok revolucionará o mercado de picapes médias. “Ela será maior do que a picape atual e, além do design nacional, terá 50% de peças desenvolvidas no Brasil”, disse Seitz.
Quem comandará o design será José Carlos Pavone, chefe de design da Volkswagen na América do Sul e responsável por sucessos como os compactos Nivus e Tera, e que adiantou como será a nova Amarok por um teaser. Pela imagem apresentada, QUATRO RODAS produziu uma projeção exclusiva da picape, que você confere na abertura dessa matéria.

A carroceria será a mesma da chinesa, com laterais praticamente idênticas e o mesmo porte, semelhante ao da BYD Shark, ou seja, maior do que das picapes médias atuais. Na Maxus, são 5,55 m de comprimento, 30 cm a mais do que a atual Amarok.
As maiores diferenças ficarão na dianteira, com dois andares de leds e faróis principais em posição inferior. Segundo Pavone, é possível esperar até pelo logotipo da Volks iluminado, como nos modelos europeus da marca. O para-choque será simples, sem volumes pronunciados ou nichos.
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Ainda não se sabe, porém, como será o interior da nova Amarok. Caso siga a Starcraft X, terá um painel limpo e minimalista, e dará destaque para um conjunto de telas no topo. Mas é possível que seja criado um novo interior para dar mais personalidade e funcionalidade à picape, já que novas diretrizes globais da marca apoiam a volta de mais comandos físicos – que o modelo chinês praticamente não tem.

Outro efeito da operação nacional para cuidar da Amarok estará na mecânica. Ela terá a mesma estrutura de “semi-monobloco”, com a cabine unida à caçamba, mas com chassi de longarinas.
Porém, as motorizações serão Volkswagen, e não SAIC. Assim, existe a possibilidade de que o atual V6 3.0 turbo diesel siga equipando a nova geração, mas em uma atualização para atender às novas normas de emissões que entrarão em vigor em 2027 – mas não sozinho, já que Alexander Seitz apontou que a picape também poderá ter opções híbridas, inclusive flex.

“No Brasil, precisamos ter para picapes motorizações a diesel e também propulsores flex”, disse Seitz. Também existe a chance de uma inédita Amarok elétrica chegar por aqui, já que a chinesa Starcraft X tem sua versão elétrica, a Terron. Na entrevista exclusiva com jornalistas brasileiros, Seitz ainda afirmou que a plataforma da Nova Amarok permite qualquer tipo de motorização, portanto a possibilidade da picape trazer motorizações distintas é grande.
Enquanto a nova geração não é lançada, a Amarok atual seguirá à venda na América do Sul. Na Argentina, rumores dizem que o modelo atual seguirá em produção como uma opção mais barata, com foco em vendas diretas, já que a próxima será maior e mais sofisticada.