Enquanto aguardam uma solução, pais relatam improvisos para manter frequência escolar das crianças. Segundo associação, atualmente 36 estudantes estão sem acesso ao ônibus escolar. Famílias de crianças com transtorno do espectro autista (TEA) e outras deficiências em Sumaré (SP) enfrentam dificuldades para garantir o acesso às aulas na Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) devido à falta de transporte escolar.
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Segundo comunicado enviado pela direção aos pais dos estudantes, o contrato com a empresa responsável pelo transporte venceu, e a renovação está prevista somente para o mês de maio. Até lá, os alunos precisam se deslocar por meios próprios.
De acordo com o advogado Jelres Freitas, especialista em causas ligadas à deficiência, a Constituição Federal garante o acesso integral à educação, o que inclui o transporte desde a porta da residência até a instituição de ensino.
“Pode ser procurada a OAB para se entrar com uma ação contra o poder público que está negando esse transporte e, através de uma determinação judicial, esse transporte ser ofertado de maneira gratuita e de maneira contínua, de qualidade, que isso é muito importante também”, explica.
Longas caminhadas e improvisos
Enquanto aguardam uma solução, famílias relatam improvisos para manter a frequência escolar dos filhos.
A dona de casa Maria Quitéria Ferreira Moreira, mãe de Ana Valentina, de 7 anos, afirmou que precisa sair de casa às 6h30 para percorrer cerca de 2 km até o ponto de ônibus próximo à Rodovia Anhanguera.
“Eu gostaria que tivesse empatia e visse o sacrifício que é. Para mim, estar chegando aqui com a minha filha entrando em crise, me mordendo no caminho, que ela fica nervosa com o barulho. Que eles tenham empatia e vejam a necessidade de uma criança especial”, contou.
Maria Quitéria Ferreira Moreira percorre cerca de 2 km com a filha até o ponto de ônibus
Reprodução/EPTV
O autônomo Marcelo Fonseca dos Santos, pai de Raiane, de 7 anos, transporta a filha de bicicleta por aproximadamente 7 km. Segundo ele, o percurso leva cerca de 30 a 35 minutos, e, em alguns dias, a filha apresenta crises durante o caminho.
Marcelo também informou que perdeu uma oportunidade de emprego porque não conseguiu conciliar o transporte da filha com a jornada de trabalho. “A criança em primeiro lugar, sempre”, afirmou.
A dona de casa Deise Nogueira Lima, mãe de Maria Clara, de 8 anos, optou por manter a filha em casa até que o transporte seja regularizado. Ela relatou que a filha está sem frequentar a escola desde fevereiro e que percebeu uma regressão no desenvolvimento da criança.
“Ela está regredindo tudo que ela estava aprendendo no começo. Ela estava até escrevendo, pegando papel e escrevendo no papel. Agora ela não está fazendo mais isso”, lamentou.
Marcelo Fonseca dos Santos viaja cerca de 35 minutos com a filha na bicicleta
Reprodução/EPTV
Posicionamentos
À EPTV, afiliada à TV Globo, a Apae informou que enviou um ofício à Prefeitura de Sumaré no final de fevereiro solicitando um parecer sobre o transporte escolar para os novos alunos matriculados neste ano. Segundo a associação, atualmente 36 estudantes estão sem acesso ao transporte escolar.
A Prefeitura de Sumaré, por meio da Secretaria Municipal de Educação, declarou que mantém o transporte para 90 alunos da Apae e que já adotou medidas para ampliar o atendimento.
Informou, ainda, que aguarda da associação o levantamento detalhado das rotas e respectivas quilometragens de cada aluno, documento considerado indispensável para a formalização de um aditivo contratual com a empresa responsável pelo serviço.
Por fim, a empresa Smile, prestadora do transporte, afirmou que aguarda a inclusão dos novos alunos no contrato atual para iniciar o atendimento.
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Segundo comunicado enviado pela direção aos pais dos estudantes, o contrato com a empresa responsável pelo transporte venceu, e a renovação está prevista somente para o mês de maio. Até lá, os alunos precisam se deslocar por meios próprios.
De acordo com o advogado Jelres Freitas, especialista em causas ligadas à deficiência, a Constituição Federal garante o acesso integral à educação, o que inclui o transporte desde a porta da residência até a instituição de ensino.
“Pode ser procurada a OAB para se entrar com uma ação contra o poder público que está negando esse transporte e, através de uma determinação judicial, esse transporte ser ofertado de maneira gratuita e de maneira contínua, de qualidade, que isso é muito importante também”, explica.
Longas caminhadas e improvisos
Enquanto aguardam uma solução, famílias relatam improvisos para manter a frequência escolar dos filhos.
A dona de casa Maria Quitéria Ferreira Moreira, mãe de Ana Valentina, de 7 anos, afirmou que precisa sair de casa às 6h30 para percorrer cerca de 2 km até o ponto de ônibus próximo à Rodovia Anhanguera.
“Eu gostaria que tivesse empatia e visse o sacrifício que é. Para mim, estar chegando aqui com a minha filha entrando em crise, me mordendo no caminho, que ela fica nervosa com o barulho. Que eles tenham empatia e vejam a necessidade de uma criança especial”, contou.
Maria Quitéria Ferreira Moreira percorre cerca de 2 km com a filha até o ponto de ônibus
Reprodução/EPTV
O autônomo Marcelo Fonseca dos Santos, pai de Raiane, de 7 anos, transporta a filha de bicicleta por aproximadamente 7 km. Segundo ele, o percurso leva cerca de 30 a 35 minutos, e, em alguns dias, a filha apresenta crises durante o caminho.
Marcelo também informou que perdeu uma oportunidade de emprego porque não conseguiu conciliar o transporte da filha com a jornada de trabalho. “A criança em primeiro lugar, sempre”, afirmou.
A dona de casa Deise Nogueira Lima, mãe de Maria Clara, de 8 anos, optou por manter a filha em casa até que o transporte seja regularizado. Ela relatou que a filha está sem frequentar a escola desde fevereiro e que percebeu uma regressão no desenvolvimento da criança.
“Ela está regredindo tudo que ela estava aprendendo no começo. Ela estava até escrevendo, pegando papel e escrevendo no papel. Agora ela não está fazendo mais isso”, lamentou.
Marcelo Fonseca dos Santos viaja cerca de 35 minutos com a filha na bicicleta
Reprodução/EPTV
Posicionamentos
À EPTV, afiliada à TV Globo, a Apae informou que enviou um ofício à Prefeitura de Sumaré no final de fevereiro solicitando um parecer sobre o transporte escolar para os novos alunos matriculados neste ano. Segundo a associação, atualmente 36 estudantes estão sem acesso ao transporte escolar.
A Prefeitura de Sumaré, por meio da Secretaria Municipal de Educação, declarou que mantém o transporte para 90 alunos da Apae e que já adotou medidas para ampliar o atendimento.
Informou, ainda, que aguarda da associação o levantamento detalhado das rotas e respectivas quilometragens de cada aluno, documento considerado indispensável para a formalização de um aditivo contratual com a empresa responsável pelo serviço.
Por fim, a empresa Smile, prestadora do transporte, afirmou que aguarda a inclusão dos novos alunos no contrato atual para iniciar o atendimento.
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