
A festa do câmbio dos argentinos no Brasil em fevereiro mostrou seus resultados. Segundo o mais recente relatório de turismo internacional do Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec), o número de turistas argentinos que visitaram o Brasil no mês passado chegou a 703,6 mil, quase o dobro (96,9%) do registrado no mesmo mês do ano passado.
Na direção contrária, o número de brasileiros que visitaram a Argentina recuou 42,8% na mesma comparação, para 57,3 mil.
O principal motivo para essa diferença é que a atual gestão da taxa de câmbio no país tem gerado um peso momentaneamente valorizado em relação às moedas de países vizinhos, como o Brasil.
Ou seja, o Brasil virou um destino barato em dólar. Ou, como brincou no X o professor da Universidade de Buenos Aires, Martin Rapetti: “a taxa de câmbio real é um preço relativo; quando está baixa (atrasada) é melhor ir para o Brasil, Miami ou Punta Del Este [no Uruguai], ou mesmo para Rimini, com odaliscas! Quando estiver alta, vá para Mendoza, Bariloche ou Mar Del Plata”.
As saídas totais de argentinos para o exterior somaram 2,443 milhões de pessoas, sendo 1,823 milhão de turistas (aqueles que passam ao menos uma noite no destino) e 619,4 mil excursionistas (que não pernoitam). Os principais destinos foram Brasil (38,6%), Chile (20,2%) e Uruguai (16,3%).
Ainda segundo os dados, 63,9% dos turistas residentes na Argentina saíram do país por via terrestre, 27,6% escolheram a via aérea e 8,5% optaram pela via fluvial ou marítima.
Em janeiro, as saídas ao exterior tinham somado 2,599 milhões de visitantes, com o Brasil representando 32,8% do total, seguido por Chile ( 22,9%) e Uruguai (16,3%).
O Indec divulgou ainda que em fevereiro de 2025 houve ingresso de 762,6 mil visitantes não residentes no país em todas as vias de acesso, dos quais 494,4 mil foram turistas e 268,1 mil foram excursionistas.
Segundo os dados, 23,7% dos turistas na Argentina em fevereiro vieram do Chile, 19,6% tiveram como origem a Europa e 12,1% vieram dos Estados Unidos e do Canadá.
Em fevereiro foi registrado um saldo negativo de 1,680 milhão de visitantes internacionais no país.
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