Já não é novidade a queda nas vendas de carros elétricos pelo mundo. Por isso, cada marca tem reagido de formas diferentes, mudando planos, dando passos atrás ou criando novas estratégias. É o caso da Ford, que anunciou o desenvolvimento de novas plataformas para veículos elétricos com extensores de autonomia. Não há data para lançamento.
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A tecnologia, apelidada de REX, não é nova e já é utilizada por marcas chinesas, além da Nissan, nos modelos E-Power. O sistema também já foi usado pela BMW no i3,. Na prática, modelos com extensor de autonomia têm tração elétrica, ou seja, são movimentados por motor(es) elétrico(s), cuja energia vem de uma bateria convencional que pode ser recarregada em redes externas. Mas um motor a combustão pode ser usado unicamente para gerar a energia elétrica no carro.
O diferencial está no motor a combustão que também equipa os modelos, mas que tem como único papel ser um gerador de energia para a bateria. Ou seja, ele não tem qualquer ligação com os eixos e não movimenta o veículo, mas apenas gera energia para recarregar a bateria. O recurso é útil para aumentar a autonomia e permitir a realização de longas viagens, mesmo em locais sem infraestrutura de recarga.
Explicada a tecnologia, voltemos à Ford. Durante as apresentações de resultados da empresa, o CEO, Jim Farley, apontou para os elétricos com sistema REX como uma futura solução na Ford. Segundo ele, está em desenvolvimento uma nova plataforma para picapes e SUVs do tipo.

Entre as “inspirações” de Farley está a chinesa Li Auto. “Ficamos realmente impressionados que os clientes pensaram nesses veículos como elétricos, e não como híbridos ou híbridos plug-in”, disse o CEO, segundo publicação da AutoCarIndia.
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Jim Farley disse ainda que a tecnologia de extensor de alcance pode permitir que sejam feitos carros elétricos pelo mesmo preço de carros a combustão. “Como não há transmissão, nem marchas [e] nem linha de transmissão, não há eixos duplicados, não há trem de força duplicado; o investimento de instalação desse motor de combustão é mínimo para o cliente”, completou. Além disso, seria possível ter baterias menores, reduzindo assim o peso final dos veículos e uma melhora na aerodinâmica.