Ação simbólica em frente à Embaixada da Coreia do Sul em Brasília pede apoio para a liberação imediata dos ativistas
Quatro meses após a realização de um protesto pacífico contra a poluição plástica na Coreia do Sul, quatro ativistas do Greenpeace Internacional continuam proibidos de deixar o país – mesmo após serem liberados da detenção inicial.
Na ocasião, os quatro ativistas passaram dois dias detidos e foram soltos, mas seguem sob investigação. Um julgamento está marcado para 16 de maio e a decisão final deve sair em até um mês. Enquanto isso, eles não podem deixar o país e seguem longe de suas famílias, com suas rotinas completamente interrompidas.
Em solidariedade aos ativistas, o Greenpeace Brasil organizou, na última terça-feira (15), um ato em frente à embaixada sul-coreana em Brasília, com faixas e cartazes com o pedido: “Deixem nossos ativistas voltarem para casa!”.
Uma carta também foi entregue ao embaixador sul-coreano no Brasil, Choi Yeon Ghan, solicitando que ele interceda pelos ativistas do Greenpeace Internacional, para que eles possam voltar para suas casas e familiares o mais rápido possível.
Contexto
Em novembro de 2024, Al, Ash, Jens e Sam escalaram o mastro de um navio petroquímico em Daesan para chamar atenção para os danos ambientais da produção desenfreada de plástico – justamente durante as negociações do Tratado Global de Plásticos que aconteciam no país. A capitã Hettie, do navio Rainbow Warrior, embarcação do Greenpeace que acompanhou a ação, também foi retida.
Para a organização, o prolongado processo é uma ameaça a liberdades fundamentais e ao direito à manifestação, um pilar fundamental da democracia.
O Greenpeace reforça que encontrar soluções para a crise global da poluição plástica é urgente. Ativistas não deveriam ser penalizados por agir diretamente para conscientizar sobre essa emergência, que afeta os oceanos e a saúde humana.
Além de ser protegido por diversas constituições ao redor do mundo, o direito à manifestação pacífica está consagrado em tratados internacionais, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Solidariedade
Uma petição online foi criada para reunir assinaturas que serão entregues diretamente ao promotor e ao juiz responsável pelo caso. Faça parte dessa mobilização e nos ajude a pressionar! Ativismo não é crime. Participe e compartilhe com sua rede.