O segmento dos SUVs médios segue bem aquecido e cada vez mais opções chegam para tentar ganhar espaço. A mais nova delas é o Jaecoo 7, que repete a receita de seus principais rivais, BYD Song Plus e GWM Haval H6, trazendo um pacote mais completo que as marcas ocidentais e um motor híbrido plug-in.
A Omoda & Jaecoo é uma empresa do Grupo Chery, criada para atuar no mercado global com modelos específicos. O nome se refere a duas marcas distintas. A Omoda é posicionada como uma opção um pouco acima da Chery e voltada para o público jovem, enquanto a Jaecoo será ainda mais cara e com uma mistura de lifestyle e off-road.
Enquanto o Omoda 5 tentará pegar um público mais jovem com seu visual de SUV-cupê, o Jaecoo 7 buscará o cliente mais tradicional entre os utilitários médios. Isso é claro pelo design, que tem uma inspiração muito clara nos modelos da Land Rover, como a silhueta e até um pouco da grade dianteira.
É um carro bem espaçoso. São 4,50 metros de comprimento, 1,87 m de largura, 1,67 m de altura e 2,67 m de entre-eixos. É tão comprido quanto o Caoa Chery Tiggo 7, seu irmão de plataforma, porém é mais largo e mais alto. Carrega 500 litros no porta-malas.
Desembarca somente com uma motorização híbrida plug-in, composta pelo 1.5 turbo de quatro cilindros abastecido somente com gasolina e que gera 135 cv e 20,4 kgfm. A marca tem planos de transformá-lo em flex no futuro. Trabalha com dois motores elétricos dianteiros de 204 cv e 31,6 kgfm. A Omoda & Jaecoo declara uma potência combinada de 339 cv e 52 kgfm.
O funcionamento destes motores é controlado pelo câmbio DHT, integrando os dois motores elétricos com três marchas físicas. O sistema trabalha com novo modos de funcionamento e 11 marchas possíveis, priorizando o uso da eletricidade para mover o veículo e deixando o propulsor a gasolina como um suporte em acelerações, em velocidades mais altas ou até como gerador de eletricidade para a bateria.
Falando nisso, o Jaecoo 7 traz um conjunto de baterias de 18,2 kWh, o que é capacidade o suficiente para que tenha uma autonomia elétrica de 78 km segundo o Inmetro. No primeiro teste feito por QUATRO RODAS com um protótipo, o SUV registrou uma média de 17,1 km/l na cidade e 16,9 km/l na estrada.
Será vendido em duas versões. A primeira, chamada Luxury, custa R$ 224.990, R$ 3.000 a menos do que um Jeep Compass Limited. Vem de série com sete airbags, câmera 540° (360° mais 180° à frente do veículo), piloto automático adaptativo, frenagem automática de emergência, faróis full-led, teto solar panorâmico, freio de estacionamento eletrônico, ar-condicionado digital de duas zonas, rodas diamantadas de 19”, bancos dianteiros com ajuste elétrico, central multimídia vertical de 14,8” com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, painel de instrumentos digital de 10,25”, entre outros.
A variante Prestige custa R$ 249.990 e adiciona monitor de ponto cego, banco do motorista com ajuste lombar elétrico e função de memória, aquecimento e ventilação para os assentos dianteiros, abertura do porta-malas por gestos, carregador wireless para smartphone, sistema de som Sony, alerta de tráfego cruzado, assistente de permanência em faixa e iluminação interna em led personalizável.
Por estes preços, o Jaecoo 7 se posiciona de forma interessante no segmento. O BYD Song Plus parte de R$ 244.800, enquanto o GWM Haval H6 PHEV19 custa R$ 244.000, então os R$ 249.990 da versão Prestige não estão tão longe da faixa de preços.
O que chama a atenção é a variante Luxury por R$ 224.990, bem abaixo dos rivais e que já se aproxima dos R$ 220.000 do Haval 6 HEV2, com a vantagem de ser um carro híbrido plug-in, enquanto o GWM é um híbrido pleno.
