O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou nesta quarta-feira, 9, a suspensão por 60 dias do processo judicial travado pelos irmãos e músicos Emicida e Evandro Fióti. O juiz também determinou que o processo deverá correr em segredo de justiça, considerando que os dois são figuras públicas que atraem a atenção da imprensa.
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Na decisão, o juiz Guilherme de Paula Nascente Nunes, da 2ª Vara Empresarial e Conflitos de Arbitragem da Comarca de São Paulo, comunica: “Defiro o segredo de justiça, tendo em vista que, mesmo se cuidando de litígio societário, atinge a esfera íntima dos sócios, pessoas públicas, atraindo, consequentemente, a atenção da mídia”.
Um pedido de suspensão do processo por 180 dias foi protocolado na terça-feira, 8, pelas duas partes. No entanto, o juiz decidiu acatar parcialmente o pedido, e suspendê-lo por 60 dias.
“Considerando a convenção das partes, defiro a suspensão do feito pelo prazo de 60 dias, nos termos do art. 313, II, do Código de Processo Civil”. Neste período, é esperado que os advogados de Leandro e Evandro tentem chegar a um acordo para encerrar a ação de forma amigável.
Como começou o processo?
A disputa judicial tem relação com a empresa Laboratório Fantasma, criada pelos dois em conjunto. Os conflitos vieram à tona após Emicida anunciar o fim da parceria criativa com o irmão, no fim do mês de março.
Emicida acusa Evandro de retirar R$6 milhões da conta da Lab Fantasma. A alegação foi uma resposta do artista ao processo movido por Fióti, que tentava impedir que o irmão tomasse decisões individuais na empresa.
Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, Evandro disse que o problema se iniciou entre 2017 e 2018, e negou que os saques tenham sido feitos de forma indevida: “Ele foi avisado. Existem um e-mail, evidências de que ele sabia”.