
(Reuters) – Um grande júri federal indiciou Luigi Mangione, acusado de assassinar o CEO da UnitedHealth em Nova York no ano passado, permitindo que os promotores busquem a pena de morte no caso, segundo documentos judiciais apresentados na quinta-feira (18).
Mangione, de 26 anos, já enfrenta acusações estaduais de assassinato e porte de armas em Nova York, Estado norte-americano onde não há pena de morte. O indiciamento federal não traz novas acusações, mas eleva os riscos para Mangione, que se declarou inocente das acusações estaduais.
Os advogados de Mangione não responderam de imediato a pedidos de comentário, enquanto o gabinete da procuradoria dos EUA em Manhattan se recusou a comentar.
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O indiciamento significa que um grande júri concluiu que há evidências suficientes para acusar Mangione pelos crimes de assassinato, perseguição e porte ilegal de armas de fogo. Uma audiência está marcada para sexta-feira no tribunal federal de Manhattan.
Mangione havia solicitado à Justiça que os promotores federais fossem impedidos de buscar a pena de morte. Em um documento apresentado na semana passada, seus advogados afirmaram que o anúncio feito pela procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, em 1º de abril — de que os promotores buscariam a pena de morte — era “descaradamente político” e violava os protocolos do governo para decisões desse tipo.
Se esse pedido falhar e Mangione for condenado no caso federal, o júri decidirá, em uma fase separada do julgamento, se recomenda ou não a pena de morte. Qualquer recomendação desse tipo precisa ser unânime, e o juiz seria obrigado a aplicá-la.
Brian Thompson, falecido presidente-executivo da divisão de seguros da UnitedHealth, foi morto a tiros em 4 de dezembro de 2024, do lado de fora de um hotel em Midtown Manhattan, onde a empresa realizava uma conferência para investidores.
O assassinato de Thompson a luz do dia e a caça ao atirador, que se seguiu por cinco dias, prenderam a atenção do público.
Embora autoridades públicas tenham condenado o crime, alguns norte-americanos têm apoiado Mangione, dizendo que ele chamou a atenção para os altos custos do sistema de saúde nos EUA e para o poder das seguradoras de negar o pagamento de certos tratamentos. Mangione está atualmente detido em uma prisão federal no Brooklyn.
(Reportagem de Daniel Wiessner em Albany, Nova York e Jack Queen em Nova York)
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