
PEQUIM (Reuters) – Os contratos futuros do minério de ferro caíram nesta quarta-feira para os níveis mais baixos em mais de seis meses, conforme as perspectivas de demanda foram afetadas pela escalada de uma guerra comercial global desencadeada pelas tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com queda de 2,68%, a 689 iuanes (US$93,74) a tonelada.
No início da sessão, o contrato atingiu seu ponto mais baixo desde 24 de setembro, em 670,5 iuanes por tonelada.
O minério de ferro de maio de referência na Bolsa de Cingapura recuava 1,16%, a US$93,65 a tonelada. Mais cedo, o contrato também caiu para uma mínima desde 24 de setembro, atingindo US$91,70 por tonelada.
Ambos os índices de referência recuperaram parte das perdas registradas anteriormente, com uma melhora do sentimento após notícias de que os principais líderes da China planejam realizar uma reunião para discutir medidas para impulsionar a economia e estabilizar os mercados de capitais.
Os EUA disseram na terça-feira que as tarifas de 104% sobre as importações da China entrarão em vigor logo após a meia-noite, após a recusa de Pequim em ceder ao que descreveu como chantagem, com a promessa de “lutar até o fim”.
“O impacto do aumento das tarifas no mercado se agravou, pressionando os preços do minério de ferro no curto prazo”, disseram analistas da First Futures em nota.
Crescentes preocupações com a perspectiva da demanda, agravadas pela escalada das tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo, prejudicaram ainda mais os preços do aço e dos ingredientes de fabricação de aço.
Os analistas disseram que a expectativa de redução do consumo doméstico de aço nos próximos meses, juntamente com as atividades de construção sendo prejudicadas pelas altas temperaturas do verão, também pesaram sobre o mercado de ferrosos.
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