A segunda-feira (14) foi marcada por uma valorização do real frente ao dólar, com dólar futuro encerrando o dia em queda de 0,11%, cotada a 5.874,5 pontos. Esse movimento refletiu o alívio nos mercados internacionais após os Estados Unidos anunciarem isenções tarifárias para determinados produtos eletrônicos, incluindo itens fabricados na China. A decisão foi interpretada como um gesto de moderação nas tensões comerciais, beneficiando moedas de países emergentes e impulsionando ativos de risco.
Para os traders que operam o mini dólar, o cenário atual apresenta oportunidades e desafios. A recente flexibilização nas políticas comerciais dos EUA trouxe um respiro para os mercados, mas a volatilidade persiste, influenciada por indicadores econômicos e expectativas inflacionárias. A pesquisa do Federal Reserve de Nova York revelou que as expectativas de inflação dos consumidores norte-americanos para o próximo ano atingiram 3,6% em março, o maior nível desde outubro de 2023, sinalizando possíveis ajustes na política monetária.
No próximo pregão, é fundamental que os operadores estejam atentos a novos desdobramentos nas relações comerciais e aos dados econômicos globais, ajustando suas estratégias para navegar em um ambiente de rápidas mudanças e oportunidades voláteis.
Análise do gráfico de 15 minutos
Apesar do segundo fechamento negativo consecutivo, o gráfico de 15 minutos mostra o minidólar ainda sustentado acima das médias móveis de 9 e 21 períodos, o que deixa a porta aberta para eventuais repiques, desde que haja entrada de volume comprador.
No entanto, o sinal de alerta segue aceso. Caso haja rompimento da faixa de suporte em 5.862,5/5.841,5 pontos, o ativo poderá acelerar a queda e buscar 5.833/5.810 pontos como próximo suporte, com possível alvo estendido em 5.787/5.770 pontos.
Para reverter o cenário e retomar o movimento de alta, será necessário romper a zona de resistência imediata em 5.876/5.888,5 pontos. Superado esse patamar, o minidólar poderá mirar 5.898,5/5.929, com alvo mais esticado na região de 5.943,5/5.958 pontos.
No gráfico diário, a leitura técnica inspira cautela. O candle da última sessão voltou a mostrar fraqueza, ao falhar em superar a média móvel de 200 períodos e encerrar o dia com leve recuo. O ativo segue entre as médias de 9, 21 e 200 períodos, o que reforça a instabilidade no curto prazo.
Caso perca a mínima recente nos 5.833 pontos, a expectativa é de continuidade da pressão vendedora, com alvo inicial na média de 21 períodos, em torno de 5.795 pontos. Já para reverter o viés e abrir espaço para novas altas, será necessário romper a média de 200 períodos nos 5.892 pontos, o que abriria caminho para a faixa de resistência entre 5.975/6.000 pontos.
O Índice de Força Relativa (IFR 14) se mantém em 52,76, em território neutro, sem sinalizar sobrecompra ou sobrevenda, o que reforça a necessidade de volume para confirmar qualquer direcionalidade.

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Dólar futuro (WDOK25): Gráfico de 60 minutos
A leitura do gráfico de 60 minutos reforça o cenário de indecisão. O minidólar fechou o último pregão em baixa, negociando entre as médias móveis de 9 e 21 períodos, o que delimita uma zona de consolidação de curto prazo.
Para que o ativo retome a pressão compradora, será necessário romper a faixa de resistência entre 5.878/5.898,5 pontos. Caso isso ocorra, as próximas resistências projetadas ficam em 5.929/5.958,5 pontos, com extensão possível até 5.975/6.000 pontos, caso o fluxo comprador ganhe força.
Por outro lado, se o ativo romper a região de suporte em 5.860/5.833 pontos, o movimento de queda poderá se intensificar, mirando os níveis de 5.810/5.800 pontos e, em uma pernada mais longa, 5.753/5.738 pontos.

(Rodrigo Paz é analista técnico)
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