Depois de quase 10 anos fechado, o Museu do Ipiranga, que reabriu em 2022, agora terá sessões de cinema com filmes e documentários brasileiros, seguidas de bate-papos com os cineastas e outras pessoas envolvidas nas produções.
A estreia acontece no dia 5 de abril, com o documentário Tava, a Casa de Pedra, dirigido pelos indígenas Patrícia Ferreira Pará Yxapy e Ariel Ortega Kuaray Poty, que estarão presentes para conversar com o público. O filme fala sobre o contato dos povos indígenas da América Latina com as missões jesuítas e o reencontro com as memórias e ruínas dos seus antepassados.
A ideia é que o projeto aconteça gratuitamente a cada seis meses, no auditório do Ipiranga. Para novembro, o filme escolhido será Todos os mortos, de Caetano Gotardo e Marco Dutra, que trata sobre a abolição da escravidão no Brasil.
“O Cinema no Museu amplia as nossas possibilidades de diálogo sobre assuntos relacionados à história do Brasil. Também fortalece o sentido do museu como um fórum de debate, um espaço vivo e dinâmico, que ocupa um lugar ativo dentro da sociedade”, avalia David William Aparecido Ribeiro, professor do Museu Paulista da USP, responsável pelo projeto.