A enorme grade da Lexus em formato de ampulheta parece estar com os dias contados. Ao menos é o que indicam os últimos lançamentos da marca, e reforça agora a novíssima geração do sedã ES, apresentado durante o Salão de Xangai. O modelo terá, além das versões híbridas, inéditas configurações elétricas.
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As inspirações visuais do novo Lexus ES vêm do LF-ZL, um SUV conceitual apresentado em 2023, e do RZ, SUV elétrico de produção que será vendido ainda em 2025 no Brasil. Na dianteira, o ES ganham aberturas nas extremidades que abrigam os faróis principais, quase que camuflados. As peças superiores, destinadas às assinaturas luminosas, mantêm o clássico formato em “L” (de Lexus).
O que mais chama a atenção, porém, é a quase extinção da nada modesta, mas já tradicional grade em formato de ampulheta. Ela foi substituída por uma pequena abertura horizontal na parte inferior do para-choque e outra ainda menor, acima da placa (esta segunda abertura não existe no elétrico). Porém, o formato da grade permanece, mas feito por vincos e pelos desenhos das demais peças.

Visto de lado, o ES também tem novidades – e nem se parece com um Lexus. O sedã agora tem formato de um fastback, ou um cupê, sem uma definição no terceiro volume da carroceria. As portas têm elementos e vincos marcados, além de maçanetas embutidas. Nas dimensões, o modelo cresceu 16,5 cm (foi para 5,14 metros) no comprimento e 8 cm no entre-eixos, que agora tem 2,95 m.
A traseira do modelo adota uma linguagem exaustivamente utilizada pelas marcas chinesas, com lanternas representadas por barras contínuas, que vão de um lado a outro do carro. Ao centro, o nome Lexus é iluminado. Acima delas, no topo da traseira, um forte vinco funciona quase como um spoiler integrado.

A apresentação do modelo em Xangai não é por acaso: além dos Estados Unidos, a China também é um forte mercado para a Lexus. Assim, também não são por acaso as mudanças que aproximam o japonês de tendências vistas no mercado chinês.
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Além da já citada traseira, isso vale também para o interior do ES, que poderia ser de diversos outros carros produzidos por marcas chinesas. O acabamento é de aparente alta qualidade, como se espera de um Lexus, além de ter variados materiais, cores e texturas (que incluem madeira de bambu). Porém, o minimalismo invade e há poucos comandos no painel e no console central e, grande parte deles, é sensível ao toque.

Isso porque as funções foram concentradas na grande tela de 14 polegadas da central multimídia – em algumas versões, a tela pode ser duplicada para que o passageiro também tenha acesso a algumas funções. O quadro de instrumentos de 12,3 polegada tem formato que se adapta ao painel, enquanto o volante adota a inscrição Lexus por extenso, e não o logotipo da marca.
Serão ao menos duas configurações híbridas e duas elétricas. Nas híbridas, a de entrada combinará um motor 2.0 com outro elétrico, somando 197 cv de potência enviados apenas para as rodas dianteiras. Esta será capaz de levá-lo de 0 a 100 km/h em 9,4 segundos. Acima, a versão 350h unirá um 2.5 de quatro cilindros a dois motores elétricos, com 247 cv totais e tração integral. A aceleração de 0 a 100 km/h é de 7,8 segundos, segundo a Lexus.

Entre as elétricas, a de entrada ES 350e tem motor dianteiro único de 224 cv e promete chegar aos 100 km/h em 8,9 segundos. Não há informações sobre o tamanho da bateria do modelo, mas a marca promete um alcance projetado de 483 km, no ciclo chinês CLTC. Acima, a 500e extrai 343 cv dos dois motores (um dianteiro e um traseiro), e chega aos 100 km/h em 5,9 segundos. Neste caso, a autonomia prometida é de até 610 km.