Desde o início da guerra, em 2022, Rússia e Ucrânia nunca estiveram tão perto de um acordo para cessar-fogo. Mas a boa notícia tem gosto amargo. O acordo de paz acontece sob intermédio dos Estados Unidos, na figura do presidente Donald Trump. O líder americano não apenas deixou a própria Ucrânia de fora das negociações, como também cobrou um preço alto pelos serviços prestados até agora, ao exigir acesso a recursos minerais preciosos do país.
A Ucrânia, enfim, cedeu ao acordo apresentado pelos americanos, mas os episódios de tensão que se estenderam ao longo das últimas semanas acenderam um alerta no mundo – em especial na Europa. Os Estados Unidos não estão mais dispostos a financiar a segurança de seus aliados. Ou ao menos sem cobrar um preço alto por isso.
Os grandes financiadores da Otan
A Otan, Organização do Tratado do Atlântico Norte, é a maior aliança militar do mundo, fundada pelos Estados Unidos em 1949 no contexto da Guerra Fria. Hoje, 32 países fazem parte da organização – e a ameaça de entrada da Ucrânia, por sinal, foi um dos estopins do conflito com a Rússia em 2022.
+ O que é a Otan e o seu papel, da Guerra Fria à Guerra na Ucrânia
Sob o governo de Donald Trump, no entanto, o posicionamento dos Estados Unidos perante a Otan muda. O presidente americano queixou-se publicamente por outros países da Otan “não pagarem a parte justa” no financiamento da aliança. Chegou a afirmar que “se eles não pagarem”, não irá defendê-los. Enquanto os americanos custeiam 64% dos gastos da organização, os outros membros entram com 36%.
A declaração desencadeou o que especialistas já chamam de “corrida armamentista” na Europa. Com receio da vulnerabilidade e em busca de mais autonomia, países como Alemanha e França já anunciaram aumento dos gastos em defesa.
O mundo em guerra e o aumento em gastos militares
Mas o aumento com gastos militares não é apenas um efeito Trump. A tendência já vinha sendo observada nos últimos dois anos, conforme indicam os relatórios Balanço Militar (Military Balance), publicado anualmente pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), de Londres (Reino Unido).
Os Estados Unidos lideram os gastos mundiais. Em 2024, foram mais de US$ 968 bilhões investidos na área, mais do que a soma dos 12 países que aparecem em seguida – entre eles China, Rússia e Alemanha.
Veja os números no gráfico abaixo:
Entenda a nova ordem mundial
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- Simulado com questões sobre o tema que já caíram nos vestibulares.
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