
O ex-CEO da Hurb, João Ricardo Rangel Mendes, foi preso em flagrante no Rio de Janeiro por furtar obras de arte. A ação foi registrada por câmeras de segurança de um hotel e de um shopping na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade, o que ajudou a polícia a identificá-lo.
Como ocorreram os furtos
Segundo a investigação, Mendes furtou obras de arte em dois locais: um hotel e um escritório de arquitetura. Em pelo menos uma das ações, ele se disfarçou de prestador de serviços para acessar o estabelecimento sem levantar suspeitas.
As imagens de segurança mostram o ex-CEO retirando quadros das paredes e utilizando o elevador para transportar as peças. Em uma tentativa de furto no shopping, seguranças perceberam a ação e tentaram detê-lo enquanto ele tentava fugir em um táxi no estacionamento. Mendes conseguiu escapar em uma motocicleta, mas foi identificado posteriormente.
O valor das obras subtraídas ultrapassa R$ 20 mil. Só três peças, de acordo com a polícia, somam aproximadamente R$ 23 mil. Algumas obras foram encontradas na cobertura de João Ricardo, localizada em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, mas uma peça ainda está desaparecida.
A prisão
A prisão de João Ricardo Mendes ocorreu em sua residência. Ao perceber a chegada dos policiais, ele tentou fugir pelo terraço do prédio, mas foi capturado.
A Justiça converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva. O juiz que analisou o caso destacou a “concreta periculosidade do custodiado e a pluralidade de suas condutas” como justificativa para a manutenção da detenção.
Quem é João Ricardo Mendes
João Ricardo começou a empreender aos 18 anos, com uma barraca de bebidas na Praia do Pepê, no Rio de Janeiro. Em 2011, fundou o Hotel Urbano, posteriormente rebatizado como Hurb, em meio ao boom das compras coletivas no Brasil.
Durante a pandemia da Covid-19, a empresa enfrentou uma crise: vendeu pacotes de viagem abaixo do valor de mercado, o que gerou dificuldades no cumprimento dos contratos após a reabertura do setor.
Em 2023, João Ricardo protagonizou polêmicas em grupos de WhatsApp ao ameaçar e xingar clientes que reclamavam da empresa. Chegou a divulgar dados pessoais de consumidores e foi acusado de expor clientes a situações de risco. Após a repercussão negativa, renunciou ao cargo de CEO.
O empresário também foi alvo de uma denúncia de um ex-funcionário, que o acusou de ameaças, injúria racial, humilhação e calúnia. Além disso, recentemente viralizou nas redes sociais um vídeo em que ele aparece correndo atrás do filho da atriz Luana Piovani com um lança-chamas de brinquedo. Luana afirmou ter ficado “estarrecida” com as imagens.
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