Qual o segredo da mulher que viveu 117 anos? A norte-americana Maria Branyas Morera ganhou o título de pessoa mais velha do mundo em janeiro de 2023, reconhecida pelo Guinness World Records. Ela atravessou momentos históricos marcantes, incluindo a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, a pandemia de gripe de 1918 e a Covid-19, da qual se recuperou sem complicações em 2020.
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Quando questionada sobre seu segredo para uma vida longa, ela atribuiu à “sorte e boa genética”, além de manter uma rotina tranquila e evitar preocupações.
O segredo da longevidade
No entanto, o segredo vai muito além disso. Um estudo conduzido pela Universidade de Barcelona analisou seu DNA e microbioma e revelou que seus genes desempenharam um papel essencial na manutenção de suas células como se fossem 17 anos mais jovens do que sua idade real.
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Além disso, sua microbiota intestinal se assemelhava à de uma criança, contribuindo para sua saúde e vitalidade. A diversidade de bactérias benéficas presentes em seu intestino ajudava a fortalecer seu sistema imunológico, reduzir inflamações e otimizar a absorção de nutrientes essenciais.
Essa composição microbiológica pode ter sido influenciada por sua dieta equilibrada e estilo de vida saudável, reforçando a importância de hábitos alimentares na preservação da saúde e no aumento da longevidade.
A influência da microbiota na longevidade
A microbiota intestinal é composta por trilhões de microrganismos que desempenham um papel crucial na digestão, na imunidade e na regulação inflamatória do organismo. Uma microbiota equilibrada pode retardar o envelhecimento e reduzir o risco de doenças crônicas.

Maria Branyas seguia uma dieta mediterrânea, rica em frutas, vegetais, azeite de oliva e laticínios fermentados, como iogurte, que favorecem a proliferação de bactérias benéficas no intestino. Esse hábito alimentar pode ter sido determinante para sua saúde prolongada. Um estudo publicado na eLife diz que essa dieta rejuvenesce o cérebro em até 9 meses.
Além da alimentação, outros fatores também contribuem para uma microbiota saudável, como evitar estresse excessivo, praticar atividades físicas regularmente e manter interação social. Essas práticas, aliadas a uma predisposição genética favorável, ajudaram Maria a manter sua lucidez e bem-estar até seus últimos dias.
Assim como a mulher que viveu 117 anos, outros centenários atraem a ciência, já que há uma busca incessante pelo segredo de longevidade. É o que a USP quer fazer, por exemplo: entender como esses idosos saudáveis fazem para ter uma vida tão longa.
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