Faz quase três anos que o Omoda 5 está em testes no Brasil e até hoje não foi lançado. O SUV com que mistura caimento do teto de um cupê com o porte dos Jeep Compass e Toyota Corolla Cross começou a ser testado pela Caoa Chery e depois entrou nos planos da Chery Global para a estreia da marca Omoda no Brasil. Mas, quando tudo parecia estar definido, os planos mudaram.
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A Omoda chegou a confirmar o lançamento do seu primeiro carro no Brasil com mecânica elétrica, o E5 com motor de 204 cv, e o 5 híbrido leve 48V, com motor 1.5 turbo com injeção direta de 157 cv e 23,1 kgfm, combinado com câmbio automático CVT. Seria um conjunto semelhante ao do Tiggo 5x Hybrid, que usa a mesma plataforma. Mas a empresa resolveu mudar de ideia antes de lançar o carro no Brasil.
Apenas unidades do Omoda E5 embarcaram para o Brasil para o início das vendas da marca, nas próximas semanas. Em vez de lançar a versão com motor a combustão e se sujeitar a mudanças prematuras na estratégia, a Omoda & Jaecoo decidiu esperar o lançamento de uma nova mecânica do Grupo Chery que nem sequer existe na China ainda: um híbrido pleno (HEV), que já foi confirmado aos concessionários.
Faz alguns anos que a Chery anunciou o desenvolvimento de um novo câmbio DHT, com apenas uma marcha física e motores elétricos integrados, para ser aplicada em novos carros híbridos HEV e plug-ins (PHEV) compactos e subcompactos. O câmbio DHT poderia ser combinado a alguma versão do 1.5 turbo, que é o motor mais utilizado nos carros da Chery, devidamente ajustada para trabalhar com esse tipo de câmbio.

Este conjunto combinaria motores elétricos mais fortes e que trabalhariam em conjunto com uma bateria de alta tensão com pouco mais de 1 kWh de capacidade, utilizando a sinergia entre o motor a combustão e os elétricos para ter mais força disponível e também para recarregar rapidamente a bateria. É a mesma lógica do sistema usado pelos Toyota Corolla e Corolla Cross híbridos e também pelo Kia Niro.
Esse conjunto híbrido pleno também é esperado para o Chery Tiggo 4 (que nada mais é que o nosso Tiggo 5x) vendido na Austrália. O lançamento por lá foi confirmado para meados deste ano e é esperado como um dos carros híbridos mais baratos daquele mercado.

Já o lançamento do Omoda 5 HEV no Brasil depende dos carros chegarem ao País para serem testados e devidamente homologados, um processo que pode durar pelo menos quatro meses. A vantagem é que algumas melhorias no pacote de equipamentos e no padrão de acabamento já estavam definidos. O SUV também passou por um leve facelift na virada para este ano.
Em compensação, a Omoda & Jaecoo tem uma carta na manga que poderia ajudar a alavancar as vendas: a produção nacional, que planejam começar ainda em 2025. Se for montado em Jacareí (SP), como se espera, o Omoda 5 HEV poderia pleitear a isenção de IPVA no Estado de São Paulo, que será a maior praça de vendas da marca.
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A partir deste ano, São Paulo só isenta o IPVA de carros híbridos fabricados no próprio estado e que tenham “potência elétrica total mínima de 40 kW e alimentados por sistema elétrico de tensão com no mínimo 150 V, capazes de recuperar energia para as baterias.” Hoje, apenas os Toyota Corolla e Corolla Cross Hybrid têm isenção de IPVA em São Paulo, mas o novo Omoda teria condições técnicas para cumprir esses critérios.