
Um avião da Delta Air Lines, que partiu de Minneapolis com destino ao Aeroporto Internacional Pearson, em Toronto, capotou ao pousar na segunda-feira (17). A aeronave, um CRJ900, ficou de cabeça para baixo na pista, mas todos os 80 ocupantes sobreviveram, segundo a companhia aérea. O acidente ocorreu às 14h13 no horário local (16h13 de Brasília) e deixou 18 pessoas feridas, incluindo uma criança, de acordo com o Toronto Airport Fire Chief Todd Aitken.
O incidente ocorre em um momento de grande preocupação com a segurança da aviação, após vários acidentes aéreos recentes na América do Norte. Entenda, a seguir, tudo o que se sabe até agora sobre o caso.
O que aconteceu com o voo da Delta em Toronto?
O Delta Flight 4819, operado pela Endeavor Air, filial da companhia aérea, enfrentou um pouso extremamente difícil, resultando no tombamento da aeronave. Passageiros relataram que o impacto foi forte e que, logo após tocar o solo, o avião girou e ficou de cabeça para baixo.
O passageiro Pete Koukov, em entrevista à CNN, descreveu a situação:
“Não sabia que havia um problema até o momento do impacto. De repente, estávamos de lado e, depois, de cabeça para baixo, pendurados como morcegos.”
Imagens do local mostraram o avião com as rodas para cima na pista coberta de neve, com uma asa completamente separada do fuselagem.
Feridos e resposta das autoridades
Entre os 18 feridos, três foram considerados em estado crítico, incluindo uma criança que foi encaminhada para o Hospital for Sick Children, em Toronto.
O presidente da Delta Air Lines, Ed Bastian, expressou solidariedade às vítimas e agradeceu aos socorristas pela rápida resposta:
“O coração de toda a família global da Delta está com os afetados pelo incidente no Aeroporto Pearson. Agradeço aos nossos funcionários e aos socorristas pela prontidão no atendimento.”
A administração do aeroporto também destacou o papel das equipes de emergência para evitar um desastre maior.
O que causou o acidente?
O mau tempo pode ter sido um fator contribuinte. A aterrissagem ocorreu sob ventos de até 64 km/h, mas as condições da pista eram consideradas secas no momento do impacto.
Especialistas em aviação indicam que o avião enfrentou fortes rajadas cruzadas, o que pode ter dificultado o pouso. À Reuters, o especialista em segurança aérea John Cox, disse que pilotos precisam fazer ajustes constantes em situações como essa:
“Os ventos cruzados variavam, exigindo ajustes contínuos na velocidade e na trajetória vertical e lateral.”
O Transporation Safety Board (TSB) do Canadá iniciou as investigações, com apoio do National Transportation Safety Board (NTSB) dos EUA. Investigadores da FAA (Federal Aviation Administration) também foram enviados a Toronto para auxiliar no caso.
Aeroporto com pistas fechadas
Embora os voos tenham sido retomados, o Aeroporto Pearson manterá duas pistas fechadas nos próximos dias para a investigação. Passageiros enfrentam atrasos e impactos operacionais enquanto as autoridades analisam as causas do acidente.
A CEO do aeroporto, Deborah Flint, reforçou que o trabalho das equipes de resgate foi fundamental para evitar fatalidades:
“Estamos muito gratos por não haver vítimas fatais e apenas ferimentos relativamente leves.”
Mais um acidente nos EUA
O acidente em Toronto ocorre em meio a uma sequência de tragédias na aviação norte-americana. No início do mês, uma colisão no ar em Washington matou 67 pessoas. Depois, a queda de um avião médico na Filadélfia resultou em sete mortes; e o acidente com um voo da Alaska Airlines vitimou 10 passageiros.
(Com Reuters, CNN e The New York Times)
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