Segundo moradores, problema já dura cinco anos, mas tem ocorrido com mais frequência e durado mais tempo. CPFL informou que vai enviar equipe à região para avaliar situação. Produtores rurais reclamam de queda constante de energia em São Joaquim da Barra, SP
Produtores rurais de São Joaquim da Barra (SP) dizem enfrentar problemas com o fornecimento de energia elétrica há pelo menos cinco anos. No entanto, a situação vem piorando e as quedas estão se tornando mais frequentes e mais duradouras.
Na última semana, a luz acabou no domingo (16) e ainda não havia voltado na terça-feira (18) na fazenda administrada pelo gerente Uesley Andrade dos Santos. No congelador da casa dele, as carnes estragaram, e nem a água era possível usar porque ela é bombeada de um poço que utiliza energia elétrica.
“Já vem de muitos anos, mas está cada vez pior. Às vezes, passam dois dias, mas vem aumentando. Do jeito que eu estou vendo, vão passar semana, 15 dias, mês e não estão nem aí para a gente.”
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Com o calor dos últimos dias, a falta de luz ainda gera desconforto porque não é possível ligar um ventilador. Já houve noites em que Uesley foi dormir do lado de fora da casa.
“Essa noite mesmo eu dormi dentro da caminhonete, eu abri as portas aqui fora e dormi, porque dentro de casa você não aguenta ficar. Eu estou indignado”, diz.
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Abastecimento de água fica comprometido em propriedades rurais de São Joaquim da Barra, SP, porque depende de energia elétrica
Reprodução/EPTV
Mais dificuldades
Não são só as tarefas em casa que ficam comprometidas, mas o trabalho no campo. O gado depende da água bombeada para beber.
“Em uma propriedade sem energia você fica a pé, porque a gente depende da energia principalmente para o abastecimento de água e é inacreditável que estamos vivendo nessa data agora e passando por isso. A gente paga para ter energia e não tem”, afirma o produtor rural Antônio de Sá Carvalho.
Os transtornos ainda aumentam porque na fazenda a distância dificulta o acesso a uma solução rápida, como comprar água mineral. Da propriedade onde Uesley mora até a cidade são 22 quilômetros.
“Você imagina que quem está na cidade consegue sair da sua casa e deslocar a outro local onde consiga comprar uma água, um alimento, pedir uma geldeira emprestada. Na fazenda, não. Ele precisa da energia para conservar seus alimentos, beber a sua água, que vem do poço bombeada por energia elétrica”, diz o agropecuarista Renato Pimenta.
Produtores rurais e funcionários de fazendas são afetados pelas quedas de energia elétrica em São Joaquim da Barra, SP
Reprodução/EPTV
Mão de obra
Com a falta de luz, até mesmo encontrar mão de obra para as propriedades fica difícil.
“Vários funcionários meus já pediram demissão e foram embora, disseram que não tinham condição de morar aqui, porque não tinha jeito do filho estudar, fazer uma tarefa à noite”, diz.
Renato estuda fazer um investimento de alto custo para instalar um gerador na fazenda e suprir o serviço que a CPFL deveria fornecer.
“Vamos montar um gerador na fazenda por nossa conta sendo que nós temos uma companhia que teria que estar fornecendo energia para a gente. O mínimo é ela cumprir aquilo que ela se presta a fazer”.
Procurada, a CPFL, responsável pelo fornecimento de energia na região, informou que vai mandar uma equipe ao local para avaliar a situação e fazer os consertos necessários.
Segundo produtores, quedas de energia na zona rural de São Joaquim da Barra, SP, são frequentes
Reprodução/EPTV
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Produtores rurais de São Joaquim da Barra (SP) dizem enfrentar problemas com o fornecimento de energia elétrica há pelo menos cinco anos. No entanto, a situação vem piorando e as quedas estão se tornando mais frequentes e mais duradouras.
Na última semana, a luz acabou no domingo (16) e ainda não havia voltado na terça-feira (18) na fazenda administrada pelo gerente Uesley Andrade dos Santos. No congelador da casa dele, as carnes estragaram, e nem a água era possível usar porque ela é bombeada de um poço que utiliza energia elétrica.
“Já vem de muitos anos, mas está cada vez pior. Às vezes, passam dois dias, mas vem aumentando. Do jeito que eu estou vendo, vão passar semana, 15 dias, mês e não estão nem aí para a gente.”
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Com o calor dos últimos dias, a falta de luz ainda gera desconforto porque não é possível ligar um ventilador. Já houve noites em que Uesley foi dormir do lado de fora da casa.
“Essa noite mesmo eu dormi dentro da caminhonete, eu abri as portas aqui fora e dormi, porque dentro de casa você não aguenta ficar. Eu estou indignado”, diz.
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Reprodução/EPTV
Mais dificuldades
Não são só as tarefas em casa que ficam comprometidas, mas o trabalho no campo. O gado depende da água bombeada para beber.
“Em uma propriedade sem energia você fica a pé, porque a gente depende da energia principalmente para o abastecimento de água e é inacreditável que estamos vivendo nessa data agora e passando por isso. A gente paga para ter energia e não tem”, afirma o produtor rural Antônio de Sá Carvalho.
Os transtornos ainda aumentam porque na fazenda a distância dificulta o acesso a uma solução rápida, como comprar água mineral. Da propriedade onde Uesley mora até a cidade são 22 quilômetros.
“Você imagina que quem está na cidade consegue sair da sua casa e deslocar a outro local onde consiga comprar uma água, um alimento, pedir uma geldeira emprestada. Na fazenda, não. Ele precisa da energia para conservar seus alimentos, beber a sua água, que vem do poço bombeada por energia elétrica”, diz o agropecuarista Renato Pimenta.
Produtores rurais e funcionários de fazendas são afetados pelas quedas de energia elétrica em São Joaquim da Barra, SP
Reprodução/EPTV
Mão de obra
Com a falta de luz, até mesmo encontrar mão de obra para as propriedades fica difícil.
“Vários funcionários meus já pediram demissão e foram embora, disseram que não tinham condição de morar aqui, porque não tinha jeito do filho estudar, fazer uma tarefa à noite”, diz.
Renato estuda fazer um investimento de alto custo para instalar um gerador na fazenda e suprir o serviço que a CPFL deveria fornecer.
“Vamos montar um gerador na fazenda por nossa conta sendo que nós temos uma companhia que teria que estar fornecendo energia para a gente. O mínimo é ela cumprir aquilo que ela se presta a fazer”.
Procurada, a CPFL, responsável pelo fornecimento de energia na região, informou que vai mandar uma equipe ao local para avaliar a situação e fazer os consertos necessários.
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Reprodução/EPTV
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