
A melhor forma de lidar com o fim de um relacionamento é individual. Mesmo após o fim, muitos ainda continuam com os sentimentos intactos por um tempo, e dependendo das circunstâncias, há quem demore quase uma década.
Freud disse que “não importa o que possa preencher a lacuna, mesmo que seja completamente preenchida, ela continua sendo outra coisa”, quando se trata de luto e perda. A psicologia continua a questionar se é possível dissolver totalmente todos os laços com um ex e quanto tempo esse processo normalmente leva.
Por isso, em um novo estudo, publicado na revista científica Social Psychological and Personality Science na quarta-feira (12), dois pesquisadores da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign tentaram encontrar respostas sobre o assunto.
Quanto tempo leva para superar?
Os cientistas descobriram que, no longo prazo, os modelos estatísticos baseados nos dados fornecidos pelos voluntários mostraram que o vínculo emocional com um ex chega a zero.
Ou seja, a maior parte das pessoas realmente supera e não sente mais um apego emocional mais forte do que sentiriam por um estranho.
O que surpreende na pesquisa é a questão do tempo. Em geral, a média mostra que leva cerca de 4,18 anos para que o vínculo seja parcialmente dissolvido.
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A pesquisa mostra que a ligação emocional desaparece por completo em 8 anos, em média. Mesmo assim, a variação entre os respondentes foi grande.
Uma das principais conclusões é que o laço com o ex continua mais forte mesmo após muitos anos, mesmo quando comparando à ligação emocional com um estranho. Os cientistas acreditam que há um pequeno grupo de pessoas que jamais supera o apego por inteiro.
Sobre a metodologia
A pesquisa analisou a estabilidade dos laços emocionais no longo prazo, mesmo depois de terminar a relação, e isso reflete na metodologia do estudo.
Para participar, voluntários precisavam atender a alguns critérios:
- Serem adultos e ter feito parte de ao menos um relacionamento romântico de mais de dois anos;
- O relacionamento em questão precisava ter terminado, mas o ex precisava ainda estar vivo no momento do estudo.
No total, 328 voluntários participaram da pesquisa. A média de idade foi em torno dos 30 anos e era majoritariamente feminina (57%).
Além disso, a média de tempo de relacionamento era de 4,6 anos e os términos aconteceram aproximadamente 5 anos atrás. Apesar disso, os dados individuais variam bastante.
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Todos os voluntários passaram por um questionário que incluía perguntas sobre apego emocional e vínculos com exes, se ainda curtiam passar tempo com o ex-parceiro ou se o ex ainda trazia uma segurança emocional.
Os pesquisadores pediram que os participantes respondessem as mesmas perguntas, mas que o foco fosse um estranho. Isso ajudou a criar um parâmetro para comparar as respostas.
Outras informações também foram levadas em conta, como se os voluntários ou seus ex-parceiros haviam terminado o relacionamento, se tiveram novos envolvimentos desde então, entre outros detalhes.
Segundo a análise, ter um novo relacionamento ou o gênero da pessoa não afeta significativamente o tempo necessário para superar.
Vale destacar que o fator mais importante em relação ao vínculo é o contato direto com o ex, pois isso continua a manutenção dos sentimentos.
Outros aspectos, como ter filhos com o ex, inicialmente resultava em um vínculo mais forte. Mas, nesses casos, o apego emocional diminuía mais rápido do que entre ex-parceiros sem filhos.
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