A punição da Conmebol para o caso de racismo contra o jogador de 18 ano de idade do Palmeiras Luighi causou indignação nas redes sociais. É o que mostra uma análise da consultoria Palver, que monitora 99 mil grupos no WhatsApp e mais de 15 mil perfis no TikTok, X, Instagram e YouTube.
O levantamento, feito com dados de 27 de fevereiro a 13 de março, mostrou que o caso de racismo sofrido por Luighi foi um dos assuntos sobre futebol mais comentados nas plataformas. O atacante sofreu insultos racistas dos torcedores do Cerro Porteño durante a partida pela Libertadores Sub-20, no dia 6 de março, no Paraguai.
A Confederação Sul-Americana de Futebol multou o clube paraguaio em 50 mil dólares e proibiu que sua torcida compareça aos jogos da Libertadores Sub-20 no estádio. Parte dos perfis chamou a Conmebol de “racista” e “conivente” e também fez comparações com a punição por faltas menos graves, como atraso na entrada dos times em campo. No ano passado, o Fluminense foi multado em mais de R$ 500 mil por um atraso de um minuto na Libertadores.
“Usuários pedem medidas mais drásticas, como a exclusão do Cerro Porteño da competição e a união dos clubes brasileiros para pressionar por mudanças”, mostra o relatório da Palver. Mensagens pedindo o banimento do clube viralizaram em grupos de WhatsApp. Posts “afirmam que esses casos são recorrentes nas competições latino-americanas e nada é feito pela Conmebol”, informa a análise.
Vídeos no TikTok, em geral, mencionam a “postura corajosa de Luighi” ao denunciar o caso e questionar a omissão das autoridades. O caso também levantou a discussão sobre a importância de os clubes darem apoio psicológico aos jogadores.
“Rodaram diversas imagens e vídeos com pessoas bastante indignadas. Entre eles, o próprio vídeo da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, criticando a posição da Conmebol”, comenta Luis Gustavo Fakhouri, fundador da Palver.