O SUV médio da Renault será um dos lançamentos mais importantes do Brasil em 2025. Ele será responsável pela entrada da marca em um segmento no qual não apenas ela nunca competiu como também tem representantes de peso, como Jeep Compass e Corolla Cross. Além disso, o SUV – ainda conhecido pelo codinome 1312 – também representará um avanço tecnológico da Renault por aqui.
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Só o nome definitivo não foi escolhido. O nome Renault Boreal está registrado no Brasil, conforme antecipamos em primeira mão, e em outros mercados onde será vendido e produzido. A fábrica de São José dos Pinhais (PR) não terá exclusividade: o novo SUV também deverá ser fabricado na Turquia para ser vendido até em mercados do Oriente Médio, como Arábia Saudita, Qatar e Kwait – todos mercados com a particularidade do Duster ser vendido como Renault, como no Brasil.
O que também reforça o nome “Renault Boreal” é que soa bem e permite uma ligação com o Austral, SUV europeu da Renault que também é vendido na Turquia. Mas nem mesmo os europeus oficializaram que este será o nome do novo SUV médio.
Fontes ouvidas por QUATRO RODAS ainda não tiveram contato com o nome do modelo, mas dizem não ter ouvido o nome Boreal pelos corredores. Ou seja, caso esse seja mesmo o nome do modelo, segue como um segredo muito bem guardado.
Pelo menos o mistério do nome tem data para acabar. Ainda que o lançamento no Brasil só vá acontecer no segundo semestre, o nome será decidido e comunicado até o final de abril.
Aproveitamos o momento para atualizar a projeção da dianteira do novo Renault e antecipar, a também, as linhas da traseira com base em informações exclusivas.
A dianteira do SUV passa por uma atualização na grade e recebe o tradicional losango da Renault, em sua versão mais moderna. Assim deverá ser o “Renault Boreal” como padrão. Mas uma opção com o nome da marca por extenso e iluminado, como publicado anteriormente e inspirado no conceito Niagara, também existirá – possivelmente como opcional ou acessório.

Na traseira, a inspiração será o Symbioz, especialmente no formato afilado e crescente das lanternas iluminadas por leds. A tampa do porta-malas será côncava e, o para-choque, mais reto (em um ponto de diferença para o Symbioz) e terá elementos angulosos, quase triangulares. Os nichos formados nas extremidades pelos recortes poderão abrigar falsas saídas de ar para dar robustez e esportividade visuais.
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Na mecânica, sabe-se que o SUV terá o motor 1.3 turbo flex do Duster. Prova disso é que o motor (chamado de HR13) foi nacionalizado pela Horse e, desde janeiro, é produzido no Brasil. O movimento é estratégico e permitirá volume ao modelo. Porém, para adequar-se às novas regras brasileiras de emissões (PL8), o motor perdeu potência e torque. Agora tem 163 cv e 25,5 kgfm, contra os 170 cv e 27,5 kgfm anteriores. O torque reduzido tem mais um motivo: 25,5 kgfm é o máximo suportado pelo câmbio de dupla embreagem (DCT) de seis marchas.
Híbrido e 4×4
Uma compensação para o torque virá no futuro, com uma versão híbrida leve 48V (MHEV) com tração 4×4. A tração 4×4, na verdade, será proporcionada por um motor elétrico com duas marchas instaladas no eixo traseiro. O sistema é da francesa Valeo e estreará primeiro no Dacia/Renault Bigster na Europa e isso não é um problema: é irmão quase gêmeo do SUV que será fabricado em São José dos Pinhais (PR).

Chamado de Dual Speed 48V, este sistema permite que o motor elétrico síncrono seja usado tanto para propiciar alguma redução no consumo do carro em condução normal quanto para auxiliar a vencer obstáculos no fora-de-estrada. O que há de diferente é que o motor elétrico terá uma segunda marcha que funcionará como uma caixa reduzida.
Ao mesmo tempo, será possível poupar o peso do cardã, que teria que atravessar o carro, e também da caixa reduzida necessária em sistemas de tração 4×4 convencionais. A instalação do Dual Speed é feita no eixo traseiro do carro, que precisa ter suspensão independente. O motor elétrico tem pico de potência de 34 cv e é capaz de gerar 27 cv constantes por até 10 segundos.

Como o câmbio é de dupla embreagem, seria possível desconectar o motor 1.3 das rodas para usar apenas o motor elétrico traseiro em pequenos deslocamentos. Em seus testes, a Valeo diz ter obtido uma redução no consumo médio na ordem dos 4%, com redução de 7% no ciclo rodoviário.
Data de lançamento e preço

A versão 4×4 do novo SUV médio da Renault poderá demorar até o final de 2026 ou até mesmo o início de 2027 para começar a ser fabricada no Brasil. Por enquanto, o objetivo da Renault é garantir que o modelo mais avançado que já produziu no Brasil faça sua estreia entre julho e setembro.
Seu objetivo é claro: concorrer com Jeep Compass, Caoa Chery Tiggo 7 Pro e Toyota Corolla Cross na base do segmento dos SUVs médios, apostando no bom espaço interno proporcionado pelo entre-eixos de 2,70 m mede ao todo 4,57 m de comprimento, 1,81 m de largura e 1,71 m de altura). Mas a tecnologia a bordo também será um diferencial.

Por dentro, espere os mesmos elementos internos do Dacia Bigster com adaptações para um carro Renault nacional. A estrutura do painel será a mesma, mas com novos logotipos, central multimídia, quadro de instrumentos digital com cerca de 12 polegadas, novas cores e novos materiais. Mas o console central elevado e o seletor de marcha do tipo joystick, por exemplo, permanecerão.
QUATRO RODAS obteve informações de que terá três versões, todas com quadro de instrumentos digital, multimídia e um pacote ADAS bem completo, com piloto automático adaptativo, alerta de ponto cego, frenagem automática de emergência e assistente de permanência em faixa. Por isso, seu preço poderá beirar os R$ 200.000.
A faixa de preço dos SUVs médios híbridos plug-in será atendida por outros carros: o Renault Koleos e os carros da Geely, que serão vendidos pela rede de concessionárias da Renault.