
O São Paulo enviou nesta sexta-feira, carta à Fifa e à Conmebol exigindo punições mais severas em casos de racismo no futebol.
Após atos contra Luighi, do Palmeiras, na Libertadores sub-20, e a fala de Alejandro Domínguez, que usou “analogia racista” para se referir à ausência de clubes brasileiros na principal competição do continente, o time tricolor se posicionou a favor de que, em casos ocorridos dentro de campo, haja punições menos brandas.
“Indignado e preocupado com os recorrentes episódios de racismo no futebol, o São Paulo Futebol Clube reforça sua posição favorável à existência de sanções esportivas como forma de punição para casos de discriminação racial”, afirmou o clube, que enviou a carta nesta sexta-feira em razão do Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.
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Seis pontos foram levantados pelo São Paulo no documento enviado à Conmebol e à Fifa, acerca de sugestões para o combate do racismo em campo: perda de pontos, sanções financeiras efetivas, eliminações das competições em caso de reincidência, responsabilização dos árbitros, registro de infratores e transparências nas punições.
Desportivamente, o São Paulo sugere que, em casos de racismo, os clubes, que tenham representantes, torcedores ou membros da comissão técnica como autores, sejam punidos com a perda de, no mínimo, três pontos, podendo ser reduzida à um ponto caso haja punição dos responsáveis. “Racismo não pode ser tratado como infração administrativa, mas como um crime”, escreveu o clube.
Além disso, sugeriu que a multa para casos como o ocorrido com Luighi seja de US$ 500 mil (R$ 2,8 milhões), que pode ser reduzida a US$ 100 mil (R$ 570 mil), novamente, caso haja a identificação e punição dos responsáveis. Em casos de reincidência, ainda é defendida a eliminação das competições em que o clube esteja disputando. “A impunidade não pode ser um fator que encoraje novas ocorrências.”

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O clube também pediu que a Conmebol tenha mais transparência sobre os métodos e critérios adotados em suas punições, além que os árbitros em campo sejam responsabilizados por não aplicar corretamente o Protocolo de Racismo da Fifa.
Após o incidente na Libertadores sub-20, o Cerro Porteño foi multado em apenas US$ 50 mil (cerca de R$ 290 mil) e jogará as partidas com portões fechados como punição ao racismo dos torcedores paraguaios contra Luighi, em partida pela Libertadores sub-20. O fato causou revolta, tanto no Palmeiras, quanto nos demais clubes do País.
A fala de Alejandro Domínguez, no mesmo dia em que abriu o sorteio da Libertadores em Luque, no Paraguai, com discurso antirracista, também foi a ‘gota d’água’ para os brasileiros. O Estadão apurou que, assim como a carta enviada à Conmebol e à Fifa, Julio Casares, presidente do São Paulo, uniu os representantes da Liga do Futebol Brasileiro (Libra) em manifesto que repudiou a declaração. Apenas o Flamengo não assinou o documento – fato que gerou revolta entre os demais.
“A gravíssima declaração de Dominguez traz à tona o evidente preconceito enraizado no ambiente do futebol, reforça estereótipos racistas, perpetua a desumanização de pessoas negras, além de demonstrar total insensibilidade em relação a temas de extrema urgência, como o combate ao racismo e a promoção da diversidade no futebol”, diz trecho da nota.
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