
As ações do Grupo Vamos (VAMO3) operavam com forte valorização na sessão desta terça-feira (25), após a empresa de locação de caminhões, máquinas e equipamentos divulgar seu primeiro balanço após a segregação com Automob (AMOB3). Às 12h15 (horário de Brasília), ação da companhia saltava 15,85%, cotada a R$ 4,97.
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No 4T24, a Vamos reportou um lucro líquido de R$ 213 milhões, superando em 16% o consenso do mercado. No entanto, a retomada de ativos desacelerou, caindo 14% no trimestre e ficando 30% abaixo da média dos primeiros nove meses de 2024.
Ao longo do ano, as retomadas totalizaram R$ 1,2 bilhão, o que contribuiu para a contração do spread RoIC (retorno sobre capital investido) de 9,2 pontos percentuais (pp) em 2023 para 6,6 pp em 2024.
Por outro lado, segundo o Bradesco BBI, a Vamos segue demonstrando capacidade de repassar o aumento do custo de capital, dando os primeiros sinais de uma inflexão. No 4T24, o capex contratado somou R$ 1.021 milhões, com yield mensal de 2,8%, acima dos 2,5% registrados no 3T24 e 4T23. A orientação de capex líquido para 2025 permanece inalterada em R$ 2,1 bilhões, reforçando a confiança do BBI no modelo de negócios da empresa.
O BBI mantém a recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para a Vamos, com preço-alvo de R$ 9,00 para o final de 2025.
O JPMorgan, por sua vez, destaca que os números publicados não são totalmente comparáveis às projeções do banco e do consenso Bloomberg, devido ao spin-off da divisão de concessionárias no final de 2024.
O Ebitda reportado, excluindo concessionárias, foi de R$ 882 milhões ante R$ 898 milhões projetados pelo JPMorgan, que incluía R$ 22 milhões das concessionárias. O lucro líquido foi de R$ 213 milhões, acima da projeção do JPMorgan de R$ 153 milhões (incluindo concessionárias), impulsionado por um resultado financeiro líquido melhor do que o esperado.
A Vamos reportou um capex implementado de R$ 1,016 bilhão no 4T24 e um capex contratado de R$ 1,021 bilhão, totalizando R$ 5,0 bilhões em 2024, com R$ 250 milhões do Sempre Novo e R$ 401 milhões de renovações contratuais. A retomada de ativos somou R$ 232 milhões no 4T24, totalizando R$ 1,22 bilhão no ano, com 49% das retomadas ligadas a contratos de 2022, especialmente no Centro-Oeste.
Já o inventário fechou o trimestre em R$ 2,846 bilhões, sendo 48% do Sempre Novo, 33% ativos novos e 19% veículos usados para venda. A alavancagem encerrou o 4T24 em 3,3 vezes, levemente acima dos 3,2 vezes no 3T24.
O JPMorgan manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 10.
O BTG avalia que os resultados do 4T24 ficaram alinhados com suas estimativas, apesar do lucro líquido acima do esperado. Com a conclusão da reestruturação societária — e a cisão da Vamos Concessionárias — a companhia passará a se dedicar exclusivamente ao negócio de locação, reduzindo a ciclicidade de suas operações.
Olhando à frente, o BTG espera que o mercado acompanhe de perto: (i) a realocação de ativos, (ii) a execução da estratégia Sempre Novo, (iii) as tendências de demanda por locação, (iv) a disciplina de preços e (v) a gestão da estrutura de capital.
Apesar do valuation atrativo, o BTG disse entender que o mercado deve aguardar maior consistência operacional antes de retomar a confiança na tese. O banco reiterou classificação de compra e preço-alvo de R$ 15.
The post Vamos (VAMO3): ações saltam 15% após 4T; “os primeiros sinais de inflexão” appeared first on InfoMoney.