A atriz , Código Alarum, Ameaça no Ar e por aí vai. Há mais vivacidade na história.
Há preocupação, por exemplo, em recriar o G20 – o evento real, que acontece de fato – de forma fidedigna e pensar como um atentado mudaria o cenário político daquele momento, enquanto conta uma história pura de ação. “Pesquisamos primeiro como o evento é protegido, como os presidentes são controlados, como tudo é mantido em segurança”, diz Riggen. “Depois, pensamos como um grupo terrorista conseguiria tomar o controle do G20? Para isso, eu contratei alguns consultores e tive a sorte de encontrar um assessor militar que também trabalha com a segurança do G7 e da conferência de Munique”.
Isso tudo, aliás, foi o que motivou Riggen a aceitar o projeto, há quatro anos, quando Davis e Julius Tennon a procuraram para comandar a produção. “Quis fazer para trabalhar com a Viola, que é uma das maiores atrizes da nossa geração”, contextualiza a cineasta, ao Estadão. “E por ser uma oportunidade de dirigir um filme de ação, um gênero que, normalmente, é reservado a homens. Achei importante tentar ocupar esse espaço”.
A cineasta acredita que Davis, a partir de suas escolhas de personagens e dos projetos que produz, como A Mulher Rei, está ajudando a alterar esse cenário. “Viola está fazendo o caminho para quebrar as limitações. Hollywood — os estúdios — não pensam, de imediato, em projetos estrelados por mulheres de certa idade ou de determinada etnia. Então a Viola mesma está produzindo o filme, criando o projeto desde o início, apresentando para os estúdios e confiando em outra mulher, no caso eu, para dirigir”, contextualiza a cineasta.
Para ela, seu papel em um filme assim é garantir que tudo saia bem – e, com isso, mudar um pouco o paradigma da indústria. “Acho que esse é o caminho. Se o filme for bem-sucedido, o estúdio perde o medo”, diz. “É como aconteceu com Pantera Negra: o sucesso do filme abriu portas. Então minha esperança é que G20 abra caminho, pelo menos para a Viola Davis — mas, com sorte, para toda uma geração de heroínas de ação”.