A defesa da cabelereira Débora Rodrigues dos Santos comemorou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de permitir a prisão domiciliar, mas crítica as medidas cautelares impostas pelo magistrado. Débora é acusada de ter pichado com batom a frase “Perdeu, mané” na estátua A Justiça durante os atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023.
“É uma das decisões mais duras do ministro Alexandre Moraes. Nunca vi nenhuma decisão aos réus do 8 de Janeiro com a severidade como a da Débora”, declarou Taniéli Telles de Camargo, a advogada Débora, em entrevista exclusiva para a coluna. Débora foi proibida de receber visitas que não sejam de seus advogados ou de familiares autorizados. Também foi barrada de conceder entrevistas e de usar as redes sociais. “A severidade das cautelares demonstra a dificuldade que foi para conseguir o benefício da prisão domiciliar”, destaca Taniéli.
Apesar disso, a advogada disse que a família comemorou a soltura após mais de dois anos de prisão preventiva. “Foi uma uma grande ilegalidade, totalmente injusta e abusiva. Mas é uma conquista para nós, para a família. Ficar afastada dos filhos é algo impossível de mensurar. Para quem estava longe dos filhos por mais de dois anos, ela falou ser uma vitória só do fato de poder dormir e acordar abraçada com eles, poder fazer um almoço, um café da manhã para as crianças”, afirmou Taniéli.